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Segundo a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, governistas já discutem reforma ministerial com objetivo de fortalecer a posição do PMDB no governo: "Caso o PMDB não aceite a coordenação política, a presidente deveria, de todo modo, substituir Pepe Vargas, que não dialoga com os presidentes das duas Casas do Congresso e tem trânsito restrito no Congresso", afirma; "Recaindo a escolha sobre um petista, ela poderia deslocar Jaques Wagner (embora ele pessoalmente tenha preferido a Defesa) ou Ricardo Berzoini, que quando esteve à frente da pasta, assegurou a Dilma um dos melhores momentos na relação com a base parlamentar"
Principal objetivo seria fortalecer a posição do PMDB no governo
Governistas já discutem reforma do ministério
Em diferentes esferas do governo a discussão é uma só: o que fazer? Os protestos de domingo exigem medidas para garantir a sustentação do governo num momento de alta impopularidade e de exigências econômicas, como o ajuste fiscal, que impõem sacrifícios.
Vai se formando um certo consenso de que a presidente Dilma deve repactuar a composição do ministério, buscando unificar a base aliada e comprometer mais os partidos com a defesa do Governo. Esta repactuação, segundo um líder petista envolvido nas discussões preliminares, deve ser pautada pelas seguintes premissas:
1. Repactuação com o PMDB: Na recomposição do ministério, depois da reeleição, Dilma ampliou as pastas do partido de quatro para cinco, porém mais fracas, em termos de orçamento e influência. Depois vieram a disputa pela presidência da Câmara e a lista de Janot, que ampliaram o distanciamento entre partido e Planalto. Para o referido petista, o PMDB deveria ser convidado a assumir a coordenação política, para a qual poderia indicar nomes como Henrique Eduardo Alves ou o Eliseu Padilha, hoje na SAC. O PMDB, que reclamou muito da entrega de uma pasta forte como Cidades a Gilberto Kassab, do PSD, vendo nisso parte de uma estratégia para enfraquecê-lo, deveria ser agora recompensado. O próprio Henrique Alves seria também opção para Integração Regional, substituindo Gilberto Ottoch, um técnico apadrinhado pelo PP.
2. Caso o PMDB não aceite a coordenação política, a presidente deveria, de todo modo, substituir Pepe Vargas, que não dialoga com os presidentes das duas Casas do Congresso e tem trânsito restrito no Congresso. Recaindo a escolha sobre um petista, ela poderia deslocar Jacques Wagner (embora ele pessoalmente tenha preferido a Defesa) ou Ricardo Berzoini, que quando esteve à frente da pasta, assegurou a Dilma um dos melhores momentos na relação com a base parlamentar.
3. Repactuação geral – A recomposição mais ampla do governo também é discutida, dentro de uma iniciativa em que Dilma renegociaria o apoio de todos os partidos estabelecendo como premissa para estar no governo o compromisso de apoio das bancadas.
E ao mesmo tempo, tocar a reforma política e discutir com o ministro Levy alguma alteração nas fontes de gastos a serem sacrificadas pelo ajuste fiscal.
Se ele insistir, por exemplo, na desvinculação entre reajuste do salário mínimo e piso da Previdência – que a longo prazo fariam as aposentadorias perder muito em poder de compra – crescerá a resistência no setores sindicais e nas camadas mais pobres, onde o governo ainda tem sua maior base social.
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