Remédio de Bolsonaro não cura coronavirus e mata médico de 55 anos

Portal Plantão Brasil
21/4/2020 14:57

Remédio de Bolsonaro não cura coronavirus e mata médico de 55 anos

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Após se automedicar com hidroxicloroquina, médico passa mal e morre na Bahia

Gilmar Calazans Lima teve mal súbito nessa segunda e foi internado às pressas no hospital, onde deu entrada com uma parada cardiorrespiratória

Por FOLHAPRESS 21/04/20 - 12h32



Um médico de 55 anos morreu em Ilhéus, sul da Bahia, dias após ter se automedicado com uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina.



Gilmar Calazans Lima registrou os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 10 de abril, quando começou a apresentar dores de cabeça. Na última quinta-feira (16), deu entrada no hospital regional Costa do Cacau, em Ilhéus, onde era funcionário.



Como tinha sintomas leves e quadro estável, o médico teve material coletado para testagem, foi liberado e orientado e cumprir quarentena em casa. O resultado do exame, positivo para o novo coronavírus, saiu no sábado (18).



Por conta própria e sem ter sido receitado pelo hospital, o médico passou a fazer uso de uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo familiares, ele vinha apresentando melhora clínica nos últimos dias. Sintomas como febre e falta de ar já haviam sido controlados.



Na madrugada dessa segunda-feira (20), contudo, ele teve um mal súbito e foi internado às pressas no hospital, onde deu entrada com uma parada cardiorrespiratória.



O médico foi submetido a manobras de reanimação por cerca de 45 minutos, mas permaneceu sem estabilizar o ritmo cardíaco e acabou morrendo.



Ao comentar o caso nesta terça-feira (21), o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou que o uso do medicamento deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma. "É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais", afirmou Vilas-Boas.



Segundo Secretaria de saúde, Gilmar Calazans Lima era hipertenso e diabético, mas tinha controle adequado das doenças. Ele foi a 45ª vítima da Covid-19 e o primeiro profissional de saúde a morrer da doença na Bahia.

Desde o dia 8 de abril, a Secretaria de Saúde da Bahia autorizou o tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).



O uso do medicamento, contudo, é orientado apenas para pacientes internados. Antes de começar a ser medicado, o paciente deve seguir uma série de protocolos que incluem exames e avaliação cardiológica.





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