717 visitas - Fonte: O Globo
O ataque do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu os inquéritos dos atos antidemocráticos e das fake news, que miram o próprio parlamentar, entre outros apoiadores de Bolsonaro. A avaliação dentro da Corte é de que os casos que estavam em marcha lenta, até mesmo porque os ataques tinham cessado, voltaram a ganhar fôlego.
Dois ministros do STF relataram ontem à coluna que não pretendiam responder às ofensas de Silveira e nem “dar palanque” ao parlamentar. Eles defendiam que a resposta tinha que vir nos autos, o que ocorreu na noite de ontem. Alexandre de Moraes, que é relator dos inquéritos que investigam o deputado no STF, expediu um mandado de prisão em flagrante por crime inafiançável contra Daniel Silveira. A decisão foi tomada após Moraes conversar com colegas do Tribunal. Todos se mostraram “horrorizados” com o discurso de ódio do deputado e foi consenso que a resposta deveria ser “dura” e vir no processo.
Na gravação divulgada ontem por Daniel Silveira em suas redes sociais, o deputado fez uma série de ataques com palavrões a Edson Fachin e a outros magistrados, além de apologia à violência envolvendo os ministros.
Daniel Silveira foi alvo de busca e apreensão solicitada no inquérito dos atos antidemocráticos e já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados. Na campanha de 2018, quando se elegeu, ficou conhecido por quebrar uma placa com o nome da vereadora assassinada Marielle Franco.
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