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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rejeitou neste sábado (8) a proposta do governo Lula e da bancada do PT no estado para zerar o ICMS sobre produtos da cesta básica. Apesar da arrecadação recorde do imposto em 2024, o governador afirmou que a prioridade da sua gestão é o ajuste fiscal, descartando novas desonerações.
"Aqui em São Paulo, estamos fazendo o dever de casa desde o início da gestão quando o assunto é comida mais barata na mesa. Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens básicos do dia a dia, como arroz, feijão, ovos, farinhas, legumes e verduras", afirmou Tarcísio. No entanto, o governador ignorou que diversos outros produtos essenciais continuam sendo tributados, podendo ser beneficiados com uma ampliação da isenção.
A bancada do PT na Assembleia Legislativa e deputados federais da base governista destacaram que São Paulo teve um crescimento de 8,2% na arrecadação do ICMS em 2024, totalizando R$ 220 bilhões. Segundo os parlamentares, o valor expressivo permitiria a redução de impostos sem comprometer as contas públicas. "O estado está em uma posição favorável para adotar a desoneração, garantindo um impacto positivo para os consumidores", argumentam.
A iniciativa ocorre após o governo Lula anunciar a isenção da alíquota de importação de alimentos como carne e milho, além de pressionar os estados a zerarem o ICMS sobre a cesta básica para reduzir a inflação e aliviar o custo de vida das famílias.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também apelou publicamente aos governadores para que acompanhem o governo federal na redução de tributos sobre alimentos, mas Tarcísio preferiu priorizar o discurso de ajuste fiscal, mantendo a cobrança sobre parte dos produtos básicos.
A resistência do governador paulista levanta questionamentos sobre sua real preocupação com a população, já que, mesmo com cofres cheios, ele se recusa a facilitar o acesso da população a alimentos mais baratos.
Com informações do X
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