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Em mais uma demonstração de sua política agressiva e imperialista, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, intensificou atividades de inteligência na Groenlândia. A iniciativa visa identificar moradores da ilha e da Dinamarca que possam apoiar os interesses norte-americanos, em mais um capítulo da tentativa de anexação da região, historicamente ligada à Dinamarca. Segundo o Wall Street Journal, agências como CIA, DIA e NSA foram acionadas para investigar o movimento de independência groenlandês e o potencial de exploração de seus recursos naturais.
A base aérea de Pituffik, no norte da ilha, é apontada como peça estratégica nas ambições militares dos EUA. A chamada “mensagem de ênfase de coleta” enviada pela diretora de inteligência Tulsi Gabbard foi clara: os recursos do Estado devem ser direcionados à Groenlândia, evidenciando que o desejo de Trump em “assumir o controle” da ilha não era apenas retórica. A reação dinamarquesa foi de indignação, com a primeira-ministra Mette Frederiksen classificando como “completamente inaceitável” a pressão exercida sobre o território autônomo.
A tentativa de forçar uma aproximação incluiu uma visita polêmica de altos representantes do governo Trump à Groenlândia, em março, o que foi interpretado localmente como uma afronta. O primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, acusou os EUA de falta de respeito e exortou a população a resistir às investidas externas. Em abril, Nielsen se reuniu com a primeira-ministra dinamarquesa para reafirmar que qualquer decisão sobre o futuro da ilha caberá exclusivamente ao seu povo.
Além do valor geopolítico, a Groenlândia é cobiçada por sua riqueza mineral. O território abriga reservas de “terras raras”, essenciais para tecnologias verdes, além de petróleo e gás. A presença dominante de empresas australianas, canadenses e britânicas tem frustrado os interesses estadunidenses, que desejam ampliar sua influência econômica no Ártico.
Em resposta às revelações do WSJ, Tulsi Gabbard atacou o jornal e acusou os veículos de imprensa de conspirar com o “Estado profundo” para sabotar Trump. A reação agressiva revela a tentativa do ex-presidente de transformar uma operação internacional sigilosa em instrumento de sua cruzada pessoal de poder e expansionismo.
O movimento uniu Groenlândia e Dinamarca em torno de um discurso comum: rejeitar interferências externas e afirmar a autodeterminação do povo groenlandês. A tensão crescente evidencia os riscos de uma política externa autoritária liderada por Trump, que vê o mundo como um tabuleiro a ser conquistado à força.
Com informações do Brasil 247
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