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Aliados do presidente Lula consideram precipitado medir os impactos imediatos das novas ameaças feitas por Donald Trump contra os países do BRICS, mas avaliam que a retórica agressiva do norte-americano reforça a importância do bloco e seu posicionamento contra medidas unilaterais. A fala de Trump — que prometeu sobretaxar em 10% os países que “se alinharem às políticas antiamericanas do BRICS” — foi vista como um sinal claro de protecionismo e autoritarismo no comércio global.
Um representante do governo brasileiro destacou que a declaração de Trump apenas reforça o discurso do BRICS em defesa do multilateralismo e da cooperação entre os países do Sul Global. Apesar de os documentos oficiais evitarem menções diretas, as mensagens do bloco frequentemente respondem a posturas como a dos EUA, que ameaçam o equilíbrio econômico internacional. Outro integrante do governo pontuou que muitas ameaças de Trump não se concretizam, e que o mundo já começa a relativizar suas palavras.
Durante a cúpula, representantes de países do BRICS e aliados rejeitaram a ideia de que o bloco seja “antiamericano”. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o grupo busca cooperação com base em interesses mútuos e não se posiciona contra terceiros. Da mesma forma, a África do Sul reforçou que mantém diálogo com os EUA e espera avanço em acordos comerciais. A China, por sua vez, alertou que guerras comerciais “não têm vencedores” e reafirmou que o BRICS defende abertura, inclusão e benefícios mútuos.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou que novas tarifas serão aplicadas a partir de 1º de agosto contra países que não firmaram acordos com os EUA. A medida atinge desde a União Europeia até Taiwan. No contexto do BRICS, o Brasil foi o menos impactado, com sobretaxa de 10%, enquanto China, Índia, África do Sul e outros membros sofreram tarifas que variam entre 10% e 140%.
O comunicado final da cúpula condenou o aumento indiscriminado de tarifas e medidas unilaterais, sem citar diretamente os Estados Unidos. Os países classificaram tais práticas como ameaças ao comércio global e condenaram o uso de temas ambientais como desculpa para impor barreiras econômicas — uma crítica velada à União Europeia.
O texto alerta que medidas protecionistas, travestidas de defesa ambiental, comprometem o fluxo comercial, rompem cadeias de suprimentos e aprofundam desigualdades. Na visão do BRICS, o caminho para o desenvolvimento é a cooperação entre nações, e não a imposição de sanções por parte de potências decadentes, como faz Trump ao tentar intimidar países que ousam pensar com cabeça própria.
Com informações do Brasil 247
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