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O governo brasileiro interpreta as ameaças de Donald Trump contra o BRICS como confirmação da relevância estratégica do bloco. Nesta segunda-feira (7), fontes oficiais destacaram à Reuters que a declaração do presidente norte-americano — que prometeu taxar em 10% as exportações de países alinhados às "políticas antiamericanas" do grupo — reforça a urgência do multilateralismo e das regras comerciais internacionais defendidas pelo bloco. A reação ocorreu após Trump atacar a cúpula do BRICS no Rio de Janeiro em sua rede social, sem exceções para aliados dos EUA.
Celso Amorim, assessor especial da Presidência, rejeitou veementemente o rótulo de "antiocidente": "Não fizemos nada contra os Estados Unidos. Achamos os EUA um grande parceiro", afirmou à CNN Brasil. A posição ecoa a declaração conjunta do bloco aprovada no domingo (6), que critica a "proliferação de ações restritivas ao comércio" inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Fontes próximas a Lula adiantaram que o presidente reforçará essa tese em pronunciamento: "O BRICS não é contra ninguém".
Diplomatas brasileiros ressaltaram que a paralisia da OMC — agravada pelos EUA ao bloquear indicações para seu órgão de solução de controvérsias há 15 anos — encoraja medidas unilaterais como as de Trump. "Com uma OMC funcional, seria impensável esse bullying tarifário", destacou uma fonte governamental. O bloco, que inclui tanto rivais (China, Rússia) quanto aliados dos EUA, segue sendo visto pelo Brasil como instrumento para equilibrar o sistema internacional, não como ferramenta de confronto.
Com informações da Reuters
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