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A Embraer, orgulho da indústria nacional e símbolo da capacidade tecnológica do Brasil, está em negociações com até dez países para ampliar a venda do cargueiro militar KC-390. O presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, destacou que o interesse internacional vem crescendo, especialmente após a Lituânia anunciar a compra da aeronave, que já foi adquirida por países como Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul.
Mesmo com o bloqueio político nos Estados Unidos, onde o governo ainda não autorizou a compra do KC-390 para a Força Aérea, a Embraer mantém sua estratégia de insistir na abertura desse mercado. “Estamos lá tentando convencer os americanos”, disse o presidente. A empresa já apresentou a aeronave em demonstrações, mas ainda não fechou contrato com os EUA.
Os números mostram que a Embraer está no rumo certo. Em 2024, a companhia bateu recorde de receita, alcançando US$ 6,4 bilhões. Para 2025, a previsão é ainda mais otimista: entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões. A meta é atingir faturamento anual de US$ 10 bilhões até 2030, puxado pelas vendas de cargueiros e jatos comerciais.
As entregas de aeronaves também dispararam. Só no primeiro semestre de 2025, o crescimento foi de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o ano inteiro, a expectativa é de alta de 17%. Segundo Neto, o salto se deve à melhor distribuição da produção ao longo do ano, o que tem evitado a concentração de entregas no fim do calendário.
A Embraer anunciou grandes vendas em 2025: 45 jatos para uma companhia aérea da Escandinávia, 15 para uma empresa japonesa, além de contratos com a Airlink (África do Sul) e a SkyWest (EUA). Essas negociações impulsionarão o objetivo de longo prazo da empresa, que vive um momento de forte valorização na Bolsa — as ações ultrapassaram R$ 83, atingindo o maior valor da história.
Francisco Gomes Neto credita os bons resultados ao foco em eficiência e à confiança do mercado. “Nosso plano desde 2020 era fazer o básico bem feito: reduzir custos, vender aviões, cortar estoques e melhorar a cultura da empresa. E estamos entregando”, afirmou. A Embraer, apesar das crises e da sabotagem neoliberal no passado, mostra que o Brasil pode ser potência industrial com soberania.
Com informações do Brasil 247
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