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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), revelou mais uma vez seu total desprezo pelo povo brasileiro ao sinalizar um novo esquema bilionário para beneficiar os 512 deputados federais com R$ 11 milhões extras em emendas de comissão — enquanto o país discute ajuste fiscal e responsabilidade no uso dos recursos públicos. A manobra, que pode alcançar R$ 5,6 bilhões, soma-se aos R$ 19 bilhões das emendas individuais e aos R$ 14 bilhões das bancadas estaduais.
Essa farra milionária, denunciada por parlamentares do Centrão, segue a cartilha do velho toma-lá-dá-cá: parlamentares ganham poder para irrigar suas bases eleitorais com dinheiro público em troca de apoio político. É o mesmo jogo sujo praticado por Arthur Lira e agora repetido por Motta, escancarando o uso da máquina pública como moeda de chantagem contra o Executivo.
As chamadas emendas de comissão não são impositivas, ou seja, dependem da autorização do governo federal para serem pagas. E é aí que Motta tenta fincar sua estratégia de pressão sobre o presidente Lula. Recentemente, o mesmo deputado liderou um movimento para derrubar o aumento do IOF, uma medida do Ministério da Fazenda, provocando instabilidade institucional que acabou sendo resolvida no STF.
A artimanha atual, que remonta ao esquema do orçamento secreto — declarado inconstitucional pelo Supremo —, segue o mesmo roteiro: dinheiro público negociado em sigilo, com pouca transparência e muitos interesses privados. Apesar de decisões judiciais exigirem mais clareza, a lógica de chantagem e poder se mantém viva, alimentando lideranças que concentram fatias gigantescas dos recursos.
Motta chegou a fingir que defendia cortes nas emendas para fazer pose de responsável fiscal, mas na prática já articula um novo rombo bilionário para garantir a fidelidade do Congresso. Os líderes partidários, incluindo ele próprio, se preparam para abocanhar fatias que podem ultrapassar R$ 100 milhões, sem qualquer compromisso com as reais necessidades do povo.
Enquanto o governo Lula tenta reconstruir o país e combater desigualdades, o Congresso bolsonarista, sob o comando de figuras como Hugo Motta, continua sabotando o país e desmoralizando qualquer discurso de austeridade. Uma elite política que vive da chantagem, do privilégio e da hipocrisia.
Com informações da Fórum
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