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Durante a cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro chinês Li Qiang afirmou que as relações entre China e Brasil vivem seu melhor momento na história. Mesmo sem a presença de Xi Jinping, a delegação chinesa assinou uma série de acordos estratégicos com o governo do presidente Lula, demonstrando alinhamento e confiança mútua entre os dois países.
Entre os destaques está a parceria para o desenvolvimento do primeiro satélite geoestacionário brasileiro, com apoio tecnológico da China. A colaboração também inclui o uso de inteligência artificial na agropecuária e o compartilhamento de dados espaciais para aprimorar previsões climáticas, beneficiando diretamente o planejamento agrícola e ambiental do Brasil.
Outro avanço importante foi a sinalização positiva da China para retomar a importação de carne de frango brasileira, suspensa após um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a liberação sanitária será acelerada, favorecendo os produtores nacionais.
Brasil e China também assinaram um memorando de entendimento para estudar a viabilidade de uma ferrovia interoceânica ligando o Atlântico ao Pacífico, passando pelo Peru. O projeto, estimado em mais de R$ 20 bilhões, é estratégico para o comércio sul-americano e conta com o apoio prioritário de Pequim.
Apesar dos avanços, ainda há impasses nas negociações ambientais. A China demonstrou resistência em contribuir financeiramente com o Fundo Amazônia e não aderiu com entusiasmo ao plano brasileiro “Florestas Tropicais para Sempre”, que será um dos principais temas da COP30, em Belém.
A aproximação entre Lula e o governo chinês reafirma o compromisso do Brasil com a construção de um mundo multipolar. Ao fortalecer a parceria com Pequim, o país amplia sua autonomia frente às potências ocidentais e conquista protagonismo nas áreas de tecnologia, meio ambiente e infraestrutura.
Com informações do DCM
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