2/10/2014 14:42

Bancários ampliam greve e fazem hoje protestos contra BC independente

Manifestações em dez capitais farão ainda defesa de papel social dos bancos públicos e da política de crédito direcionado para habitação e produção

397 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

A greve nacional dos bancários entrou hoje (2) em seu terceiro dia. Até ontem, mais de 7.600 locais de trabalho, entre agências e centros administrativos, haviam sido afetados por paralisações. Em São Paulo, Osasco e municípios da região, segundo o sindicato, a greve atingiu 12 centros administrativos e 557 agências) – onde trabalham cerca de 35 mil pessoas. De acordo com o Comando Nacional dos Bancários, a adesão cresceu 16% em relação ao primeiro dia.



A campanha nacional da categoria será engrossada hoje por outros movimento sociais, como CUT, associações moradia e de trabalhadores rurais, que farão manifestações em dez capitais onde existem prédios do Banco Central. Os protestos chamarão atenção para propostas de interesse do sistema bancário privados introduzidas na campanha presidencial. Entre elas, a independência do Banco Central, a redução do papel dos bancos públicos e o fim do crédito direcionado – que são linhas específica definidas por regras próprias determinando prazos e taxas de juros subsidiados em áreas como habitação, produção industrial e agrícola e agricultura familiar.



“Somos contra a independência do BC porque isso significaria entregar ao mercado, aos bancos, decisões tão importantes para o país como a inflação, a moeda, taxa de juros. Questões que têm grande impacto no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas um setor da sociedade”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do sindicato.



Em São Paulo, a manifestação está prevista para começar às 15h diante de sede do BC na Avenida Paulista. No mesmo horário, acontece outra em Belo Horizonte. No Rio de Janeiro o ato será às 16h, mesmo horário de Fortaleza; e em Brasília, às 17h. Já estão em andamento protestos em Belém, Curitiba, Recife, Salvador Porto Alegre.



Os bancários entraram em greve na terça-feira após considerarem insuficiente a segunda proposta dos bancos que eleva o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos. Segundo o Comando Nacional da categoria, também não vêm sendo contempladas reivindicações relacionadas com saúde e condições de trabalho, como coibição de metas abusivas e do assédio moral, fim da rotatividade e das terceirizações, adequação das condições de insegurança e fim das discriminações.



Ouça entrevista do presidente da Confederação Nacional dos Bancários à Rádio Brasil Atual







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