10934 visitas - Fonte: blogdobirner uol
O que houve foi um telefone sem fio, uma falha na interpretação, na comunicação. Alguns não entenderam bem. As regras não mudaram; o que houve foi uma mudança na orientação”. disse Jorge Larrionda que, a pedido da comissão de arbitragem da CBF, se reuniu na tarde de quinta-feira com árbitros do Brasileirão e seus chefes, além dos capitães dos times da primeira divisão nacional.
Ele explicou muito em poucas palavras.
Falou em falha na comunicação e que a regra não mudou.
No Brasil, as leis do jogo, enquanto os árbitros marcaram faltas, inclusive na área, quando a bola tocou na mão do jogador e não o contrário, foram alteradas por instrução de alguém.
A regra diz que o tiro livre direto acontece se o jogador ‘tocar a bola com as mãos deliberadamente (exceto o goleiro dentro de sua própria área penal)’.
Os árbitros não a respeitaram porque houve a falha citada por Larrionda.
Seria o mesmo que invalidarem gols em que a bola não toca na rede por terem sido instruídos assim, apesar de regra determinar que ela ‘precisa ultrapassar totalmente a linha de meta entre os postes e por baixo do travessão’.
Inventaram uma nova regulamentação durante os 90 minutos, o que forçou a visita, explicações e declarações enfáticas de Larrionda.
Isto se chama erro de direito e permite a anulação dos jogos.
Não creio que algum time prejudicado irá ao STJD reivindicar, acho a iniciativa inútil, e sou contra a ideia de tomá-la.
Postei para as pessoas dimensionarem o tamanho do erro de quem cuida da arbitragem.
Tratei do assunto na minha coluna de sábado no Lance!
Recomendo a leitura.
Mudança deliberada da regra alterou os placares de alguns jogos
Massimo Busacca, presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, afirmou que o critério do Brasil nas infrações de bola na mão está errado e não houve instruções para adotá-lo.
Marco Polo Del Nero disse o contrário: garantiu tê-las recebido e há vídeos como prova.
Sérgio Corrêa, o chefe da arbitragem na CBF, preferiu responsabilizar os homens de preto.
Falou que as orientações da dona do futebol mundial foram repassadas do jeito certo e os árbitros não entenderam.
Nos campeonatos inglês, alemão, espanhol, italiano e português, os principais da Europa, os pênaltis marcados aqui, quando o atleta sequer vê a bola tocar em seu braço ou tenta evitar o contato e fracassa, são considerados lances legais.
É mais fácil acreditar na possibilidade de apenas os nossos cartolas terem compreendido as determinações da Fifa ou na hipótese de que foram os únicos a não fazer isso?
O mesmo vale para os árbitros.
Se um ou dois entendessem mal as instruções de Corrêa, já seria estranho e absurdo.
Mas, na prática, vários começaram a soprar as penalidades máximas nas jogadas consideradas normais de acordo com as leis do futebol.
O aumento infrações assim foi de 150% por rodada no Brasileirão.
A lógica dos fatos ajuda qualquer pessoa com senso crítico a pensar que o erro nasceu na Comissão de Arbitragem da CBF.
Ela não mudou o critério.
Alterou a própria regra do futebol e influenciou nos resultados de algumas partidas ordenando os árbitros a soprarem pênaltis inexistentes.
Inventou deliberadamente, por ignorância e incompetência, não com má intenção, uma nova ação irregular no esporte.
Como não possui autoridade para tal, cometeu um erro de direito.
Quem quiser pedir a anulação dos jogos no STJD tem argumentos para complicar o andamento do torneio de pontos corridos e da C
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