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Presidente da Petrobras anuncia que diretor de compliance será escolhido a partir de lista tríplice por headhunter contratado na semana passada; durante café da manhã com jornalistas, Graça Foster confirmou ter colocado cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff; "Hoje estou aqui presidente da Petrobras enquanto eu contar com a confiança da Presidência, e ela entender que eu deva ficar"; titular da companhia acentuou que pretende exercer papel de liderança para resgatar moral dos funcionários da empresa, abalado pelo escândalo da Operação Lava Jato
A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou na manhã desta quinta-feira 17, durante café da manhã com jornalistas, que fica no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser. "Hoje estou aqui presidente da Petrobras enquanto eu contar com a confiança da Presidência, e ela entender que eu deva ficar", afirmou.
Ela disse, porém, ter colocado seu cargo à disposição da presidente a fim de não prejudicar a divulgação do balanço não auditado da empresa, que seria na última sexta-feira 12. "O mais importante é a Petrobras. Conversamos sim (com a presidente Dilma) uma, duas, três vezes. Minha motivação (em entregar os cargos) é não travar a assinatura do balanço da Petrobras por conta da investigação", explicou.
A demissão coletiva da diretoria também pode ser cogitada, segundo a executiva, que disse que o tema foi conversado no Conselho de Administração. "Eu não conseguiria ficar sem eles. Trabalhamos juntos e compartilhamos as dificuldades. Eles têm a liberdade para tomar essa decisão. A questão é enfrentar", ressaltou.
Segundo Graça Foster, a divulgação do balanço não auditado da empresa foi adiado para janeiro porque a Petrobras ainda espera ter acesso ao depoimento do ex-gerente Pedro Barusco, que revelou detalhes do esquema de corrupção na estatal investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
"Consideramos prudente não divulgar o balanço, pois há um conjunto de informações que ainda não foram prestadas. Há uma expectativa de que o depoimento de Barusco também venha e novas informações podem vir", disse Graça. Barusco prometeu devolver US$ 97 milhões desviados da empresa, segundo ele, desde 1996.
Na conversa com os jornalistas, a titular da estatal do petróleo acentuou que pretende exercer papel de liderança para resgatar a moral dos funcionários da empresa, abalado pelo escândalo da Lava Jato, e fez planos para 2015. Segundo ela, o diretor de compliance será escolhido, por um headhunter contratado na semana passada, a partir de uma lista tríplice a ser apresentada pela empresa em 30 dias.
A investigação da PF, segundo a presidente da Petrobras, "está ensinando muito" à companhia. "Tivemos que aprender a conviver dessa forma com palavras tão incomuns", afirmou, em referência a termos como "peculato" e "crimes de corrupção", crimes pelos quais são acusados diversos envolvidos no esquema de fraude em contratos da companhia.
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