Pesquisa: Cresce a avaliação negativa de Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
8/10/2020 17:43

Pesquisa: Cresce a avaliação negativa de Bolsonaro

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4272 visitas - Fonte: Revista Fórum

O país segue bem dividido com relação à maneira como avalia a atuação do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus. No início da crise sanitária, o incentivo do capitão da reserva às aglomerações, a rejeição à máscara e a minimização da Covid-19 fizeram a avaliação negativa do presidente subir e a positiva cair. Com o pagamento do auxílio emergencial, no entanto, Bolsonaro foi melhorando sua percepção diante da população mas, neste mês de outubro, o número daqueles que consideram a atuação do presidente como ruim ou péssima voltou a subir, enquanto a avaliação positiva apresentou queda.







É o que mostra a 6ª edição da Pesquisa Fórum. O levantamento foi realizado entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro, em parceria com a Offerwise, sob a coordenação de Wilson Molinari.



Segundo o levantamento, 39,3% dos brasileiros consideram a atuação de Bolsonaro na gestão da pandemia do coronavírus ruim ou péssima. Este número, em agosto, era de 38,9%.



Já o número daqueles que consideram a atuação do presidente na crise como boa ou ótima caiu: era de 37% em agosto e agora, em outubro, é de 33,9%.



Já os que avaliam a condução de Bolsonaro em meio à pandemia como regular são 23,6%. Os que responderam que não sabem fazer a avaliação representam 3,2%.







Renda



A pesquisa revela ainda que a avaliação negativa da “gestão” Bolsonaro na pandemia é mais acentuada entre a população com maior poder aquisitivo e mais escolarizada, o que sinaliza, em partes, que aqueles que não receberam o auxílio emergencial têm uma percepção pior do presidente do que aqueles que receberam o benefício.



Entre os que têm renda acima de 10 salários mínimos, a avaliação de ruim e péssimo da atuação de Bolsonaro na crise é de 57,8%, enquanto os que avaliam essa atuação de forma positiva representam 37%. São 3,3% que acham que o presidente atua de maneira regular.



Já entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos, a avaliação positiva de Bolsonaro em meio à pandemia é maior que a negativa: 40,9% deste segmento diz que a atuação do presidente é ótima ou boa, enquanto 39,7% dizem que é ruim ou péssima. 18,8% avaliaram como regular.







O cenário é parecido entre os que têm renda de 3 a 5 salários mínimos: 43,6% deste grupo acredita que Bolsonaro atua de forma ótima ou boa na condução da gestão da pandemia, enquanto 41,6% avaliam negativamente. A avaliação de regular, neste recorte, é de 12%.



Já no segmento dos que recebem de 2 a 3 salários mínimos como renda mensal, o cenário é mais divido: 35,4% consideram a atuação do presidente como ótima ou boa e 34,3% acham que é ruim ou péssima. Os que consideram regular são 25,5%.



Entre os que ganham até dois salários mínimos a avaliação negativa volta a ser maior que a positiva: 38,3% dos entrevistados consideram a atuação de Bolsonaro na pandemia como ruim ou péssima, enquanto 26,9% dizem que essa atuação é ótima ou boa. A avaliação de atuação regular neste grupo é de 31,4%.







Escolaridade



Os brasileiros com maior nível de escolaridade, segundo a Pesquisa Fórum, são os que mais rejeitam a atuação de Bolsonaro na gestão da pandemia. 51,6% daqueles que possuem Ensino Superior consideram a forma como o presidente lida com a crise ruim ou péssima, enquanto a avaliação positiva é de 35%. São 12,3% os que consideram regular.



Entre os que possuem Ensino Médio a diferença entre as avaliações é menor, mas ainda assim há mais pessoas que têm percepção negativa do que positiva: 41% disseram que a gestão de Bolsonaro na crise sanitária é ruim ou péssima, contra 32,7% de avaliação positiva. Neste grupo, 24,4% acham a atuação do capitão da reserva regular.



Já entre os menos escolarizados, que possuem somente o Ensino Fundamental, a avalição de bom e ótimo é maior, 34,8%, contra 29,1% de ruim ou péssimo e 29,6% de regular.







Região



No recorte por região, a pior avaliação da atuação de Bolsonaro na pandemia está no Nordeste: 44,6%. 22,9% avaliam positivamente e 29,5% consideram a postura do presidente regular. No Sudeste a percepção negativa do capitão da reserva também é maior que a positiva: 43,9% de ruim e péssimo contra 34,7% de bom e ótimo. 19,5% consideram a atuação regular.



Em todas as outras regiões do país a percepção positiva da atuação de Bolsonaro na crise é maior que a negativa: 44% X 34,9% no Sul; 39,2% X 18,1% no Centro-Oeste e 41,4% X 26,4% no Norte.







Faixa etária



A avaliação de ruim e péssimo com relação à maneira como Jair Bolsonaro atua na pandemia é maior entre os mais jovens. Na faixa etária entre 16 e 24 anos, 47% consideram a gestão do presidente como ruim ou péssima, enquanto 21,4% consideram ótima ou boa e 26,7% acham regular.



Já a melhor avaliação da atuação do capitão da reserva se concentra entre os mais velhos: na faixa etária de 60 anos ou mais, 45% acreditam que Bolsonaro atua na pandemia de forma boa ou ótima, contra 40,3% de ruim e péssimo e 13,5% de regular.







Gênero



A Pesquisa Fórum mostra também que as mulheres estão mais descontentes que os homens com relação à atuação de Bolsonaro na pandemia. 43,9% das entrevistadas disseram que Bolsonaro lida de forma ruim ou péssima com a crise, enquanto, entre os homens, esse número é de 34%.



Entre os que avaliam a atuação do presidente como ótima ou boa, 41,6% são homens e 27,2% são mulheres.











Governo federal na pandemia



O levantamento da Fórum aponta também que a avaliação da atuação governo federal na gestão da pandemia do coronavírus é melhor do que a avaliação de Jair Bolsonaro. O número dos que avaliam o governo positivamente teve ligeira queda de agosto para outubro, mas ainda é maior do que os que avaliam negativamente.



São 33,5% dos entrevistados que disseram que o governo faz uma atuação ótima ou boa em meio à crise, enquanto 33,2% acham que essa atuação é ruim ou péssima. 29,8% consideram regular e 3,5% não sabem.



Assim como na pergunta em que os entrevistados foram questionados sobre a atuação de Bolsonaro em meio à pandemia, na pergunta sobre a atuação do governo federal a avaliação negativa se concentra mais entre os que possuem maior poder aquisitivo e escolaridade.







Renda



A pior avaliação da atuação do governo na pandemia está entre aqueles que recebem mais de 10 salários mínimos mensais, ou seja, a população com maior poder aquisitivo. São 57% os que consideram a gestão do governo federal para o coronavírus como ruim e péssima, contra 33,9% de avaliação positiva e 33,9% de avaliação positiva. Os que consideram a atuação do governo regular somam 7,1%.



Entre todas as outras faixas de renda a avaliação negativa da atuação do governo na crise é maior que a positiva. Entre os que recebem até 2 salários mínimos, isto é, a população mais pobre, o índice de bom e ótimo é de 26,2% Neste segmento 31,2% consideram a gestão do governo para o coronavírus ruim ou péssima e 37,9%, regular.







Escolaridade



Assim como na avaliação da atuação de Bolsonaro na pandemia, aqueles que consideram a gestão do governo federal na crise como ruim e péssima se concentram, principalmente, entre os mais escolarizados. 45% dos entrevistados que possuem Ensino Superior consideram a atuação do governo ruim ou péssima, contra 33,2% de avaliação positiva e 20,4% de avaliação regular.



Somente entre aqueles que possuem apenas Ensino Fundamental a avalição positiva do governo com relação à pandemia é maior que a negativa: 33,6% contra 24,9%. Neste segmento, a avaliação regular é de 35,4%.







Região



A avaliação negativa da atuação do governo federal na pandemia, assim como na avaliação de Bolsonaro, também é maior no Nordeste. Nesta região, 39,3% dos entrevistados consideram a gestão do governo diante da crise como ruim e péssima, enquanto os que consideram positiva somam 25,4%. Entre os nordestinos, consideram a atuação do governo regular 32,1%.



Já a melhor avaliação da forma como o governo lida com a crise sanitária está na região Sul: 42,7% consideram ótima ou boa, contra 28% de ruim ou péssimo e 25,9% de regular.







Faixa etária



No recorte por idade, a Pesquisa Fórum confirmou, assim como na avaliação de Bolsonaro, que a avaliação do governo na pandemia é melhor entre os mais velhos e pior entre os mais jovens.



Na faixa etária de 16 a 24 anos, 35,9% dizem que a atuação do governo na gestão da pandemia é ruim ou péssima. 18,3% consideram essa atuação positiva e 40,6% regular.



Já entre a população com 60 anos ou mais o cenário se inverte: 45,7% consideram a gestão governamental para a crise como ótima ou boa, enquanto 35,8% acham ruim ou péssima e 16,9% dizem que é regular.







Gênero



A avaliação negativa da forma como o governo enfrenta o coronavírus, tal como na avaliação de Bolsonaro, também é maior entre as mulheres do que entre os homens.



Elas representam 37,1% dos que responderam que a atuação do governo na crise é ruim ou péssima, enquanto essa é a avaliação de 28,8% dos homens.



Entre os que acham que o governo federal conduz bem as políticas contra a crise sanitária, 40,3% são homens e 27,4% são mulheres.







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