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Por Maria Carolina Marcello (Reuters) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira que tem se esforçado para conscientizar a população sobre a importância de medidas não farmacológicas de proteção à infecção do coronavírus, como o uso de máscaras e o distanciamento físico, mas admitiu que não consegue cumprir a tarefa "sozinho".
O ministro, que participa de audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, voltou a destacar a importância da vacinação da população brasileira.
"O ministro da Saúde, ele faz um esforço para conscientizar todos os brasileiros da importância da adoção das medidas não farmacológicas, se o ministro da Saúde, ele não consegue, ele tem que melhorar, para convencer cada um dos brasileiros a aderirem a essas medidas não farmacológicas, é um grande desafio. E é por isso que eu estou aqui, se fosse fácil não existia essa crise sanitária no mundo, é difícil", disse.
"Eu sou médico, eu estou aqui para tentar ajudar o povo do Brasil nessa situação, eu não tenho condições sozinho de fazer isso" afirmou.
As declarações de Queiroga ocorrem dias após a participação de seu antecessor no cargo, o ex-ministro Eduardo Pazuello, em manifestação com o presidente Jair Bolsonaro, ambos sem máscara, em que havia concentração de pessoas no domingo.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou o SUS (Sistema Único de Saúde) pelo agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil. Em audiência na Câmara nesta quinta-feira (26), ele disse que as unidades do sistema estão "sucateadas".
"Em 2020, nós tivemos muitas dificuldades na assistência à saúde. Primeiro, porque desconhecíamos toda a característica dessa doença. Segundo, porque o nosso sistema de saúde, a despeito dos avanços que teve nas últimas três décadas, ele padecia de vicissitudes, o que é do conhecimento de todos os senhores. Unidades hospitalares sucateadas, urgências lotadas, UTIs lotadas, filas de cirurgia para ser realizada...", disse Queiroga na sessão transmitida pela TV Câmara.
O ministro ainda afirmou que o governo federal está agindo no sentido de prevenir o contágio da cepa indiana do novo coronavírus. Ele disse que a Saúde distribui 300 mil doses adicionais da vacina ao Maranhão na tentativa de evitar a transmissão local do vírus, mas se mostrou pessimista.
"Agora, se essa ação é suficiente para conter uma transmissão comunitária, gostaria de dizer que seria, mas o Reino Unido que possui um sistema de saúde muito mais amadurecido do que o nosso e não conseguiu conter".
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