2/3/2022 21:51

Thiago dos Reis denuncia desigualdade de tratamento de países em guerra

517 visitas - Fonte: Plantão Brasil/Twitter

Por Aurea Julio

As sanções internacionais contam com apoio da ONU e seu Conselho de Segurança.



O principal argumento em defesa das sanções é que elas possibilitam a manutenção da paz e a segurança internacional através de uma alternativa ao uso do poder militar, que pode devastar nações.





Sanções são impostas como forma de aplicar pressões, obrigando países a mudarem sua posição.



Seriam ações não militares, destinadas a enfraquecer o sancionado e forçá-lo a se alinhar às políticas do sancionador, e às políticas aprovadas pela maioria dos aliados dele.



No caso da guerra da Rússia contra a Ucrânia, as sanções estão sendo impostas por países da OTAN e demais países aliados dos Estados Unidos.



Thiago dos Reis lembra a origem da guerra:

NUNCA esqueça que essa guerra começou em 2014 quando neonazistas financiados pelos EUA deram 1 golpe de Estado na Ucrânia.

O objetivo era instalar bases militares dos EUA e ameaçar a Rússia.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 24, 2022

Aqui já se pode questionar a honestidade da justificativa de se aplicar sanções. No caso da Rússia, os Estados Unidos vem armando militarmente países da OTAN, avançando em direção à Rússia, ignorando os apelos desse país, que vem se sentindo cada vez mais pressionado pela aproximação de séria ameaça à sua integridade.



A diferença de tratamento entre Rússia e demais países em guerra está bem ilustrada por exemplos citados nas publicações de Thiago:

Faz meses que a Arábia está bombardeando cidades do Iêmen e matando pessoas inocentes. Escolas bombardeadas, crianças foram recrutadas para lutar e quem se recusa é PRESO. Mais de 2000 crianças já morreram.

NENHUMA nota de repúdio, nenhuma sanção à Arábia.

Hipocrisia tem limite

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 24, 2022

Ontem 4 países foram bombardeados. Centenas de pessoas morreram. Tenho certeza que 99,9% das pessoas não sabem nem quais são os outros 3. Afinal, foram bombardeados por amigos dos EUA.

Todoa deveriam ser igualmente condenados.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 25, 2022

Os EUA acabam de bombardear a. SOMÁLIA com Mísseis. A Arábia já matou milhares de inocentes no Iêmen, o último bombardeio foi hoje de madrugada.

NENHUMA SANÇÃO, REPÚDIO, NADA. Também não vi jornalista vendido na Globo News chorando pelos inocentes.

Toda guerra é condenável.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 25, 2022

Se fosse um soldado russo dando MURROS NA CARA de uma adolescente ucraniana, essa imagem estaria na capa de todos os jornais.

Mas são apenas israelenses espancando palestinos HOJE DE MANHÃ.

Israel não foi banida da Copa do Mundo, não sofreu sanção nenhuma, nada. ?? https://t.co/6D6LtshORG

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 28, 2022

Menina de 12 anos brutalmente espancada por soldados israelenses não causou comoção nenhuma. Foi ontem.

Hoje o massacre continuou. Sigo esperando Israel ser banida da Copa do Mundo e sofrer sanções internacionais pelo massacre que vem promovendo há DÉCADAS. pic.twitter.com/OzkJTkfPpQ

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) March 1, 2022

??URGENTE!! Arábia Saudita e EUA acabam de bombardear o Iêmen!! Centenas (talvez milhares) de civis inocentes mortos e feridos.

Esperando sanções internacionais e a remoção desses 2 países da Copa do Mundo... Esperando o Guga Chacra chorando na Globo News.... pic.twitter.com/V7RGpadjJK

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) March 2, 2022

E ainda há a questão da parcialidade da mídia que passa a desinformar populações inteiras. Não há espaço para a discussão da desigualdade da aplicação de sanções à Rússia por ações militares, que sequer se comparam a guerras dos Estados Unidos em várias outras partes do mundo, ocorrendo simultaneamente à da Rússia.

GloboNews disseminando fakenews da pior qualidade!!

Disse que nenhum país invadiu território de outro depois da 2ª guerra.

Só de 2000 pra cá os EUA invadiram Iraque, Afeganistão e Síria, bombardearam hospitais, escolas, abrigos, sem NENHUM repúdio da Globo.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 24, 2022

O Facebook passou a permitir posts com elogios e a favor do Batalhão de Azov, um exército ucraniano NAZISTA treinado e financiado pelos EUA desde 2014.

Nazismo e fascismo são amigos do capitalismo sempre que necessário.

Quem xinga o Bolsonaro continua sujeito a punições.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 25, 2022

Sinceramente eu nunca vi tanta manipulação tanto da mídia como das redes sociais em torno de um assunto, como no caso da guerra.

Há um esforço MONUMENTAL pra transformar Zelenskii em herói, quando ele é un dos maiores responsáveis pela desgraça e ainda usa seu povo de escudo.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 27, 2022

O Facebook não bloqueou canais nazistas do Batalhão de Azov, não bloqueou quem disseminava fake-news contra vacina, não bloqueou grupos nazifascistas mas bloqueou canais russos durante a guerra.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) March 1, 2022

O racismo com que a mídia mundial trata a guerra na Ucrânia é evidente e escancarado.

A propósito, africanos na Ucrânia estão sendo impedidos de deixar o país e o exército polonês dificulta a entrada de negros enquanto recepcionam os brancos com carinho e afeto. pic.twitter.com/WebmzQcZz6

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) February 27, 2022

O mundo foi tomado por uma espécie de "russofobia", termo usado por Thiago dos Reis, com atitudes incompreensíveis contra cidadãos russos, a cultura russa, esportistas russos, empresas e empresários russos, que sequer sabemos se apoiam a guerra iniciada por Putin.

A Universidade de Milão BANIU o ensino dos livros de Dostoievski pelo simples fato de ele ser russo. Dostoievski foi enviado a campo de concentração na Rússia por ler livros proibidos.

Em Gênova, uma peça sobre um de seus livros foi cancelada.

Russofobia chegando com tudo.

— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) March 2, 2022

As razões da Rússia para que chegasse a esse limite indesejado e reprovável de uma guerra não são discutidas. Não que se devesse discutir essas razões para justificar a guerra, mas apenas para entender e respeitar as diferenças culturais entre russos e ocidentais, o que ajudaria numa rodada de conversação para que se chegasse a um cessar fogo.



A questão é a diferença de tratamento dado a um país como os Estados Unidos e o dado à Rússia e é isso que Thiago dos Reis vem expondo, com equilíbrio e, principalmente, com senso de justiça.







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