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A Ucrânia afirmou que a nova proposta da Rússia para a abertura de corredores humanitários é "inaceitável". Na manhã de hoje, a Rússia autorizou a retirada de civis de Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy, desde que eles se dirijam para a Rússia ou Belarus.
A proposta da Rússia ignora países como Polônia e Hungria, os principais destinos para refugiados da Ucrânia, segundo informações da ONU (Organização das Nações Unidas).
A ministra de Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirmou que o envio de civis para cidades da Rússia e Belarus é "absurdo, cínico e inaceitável".
Apelo a todo o mundo civilizado para pressionar a Rússia. Precisamos de corredores humanitários. Civis ucranianos e estrangeiros devem ser removidos.Ministra de Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, nas redes sociais
Um porta-voz do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também criticou o governo da Rússia. "Esta é uma história completamente imoral. O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem de televisão desejada", criticou ele ao site Sky News.
Seis rotas para a retirada de civis foram divulgadas hoje pelo governo russo. Veja:
-De Kiev para Gomel, em Belarus;
-De Mariupol para Zaparozhye, na Ucrânia;
-De Mariupol para Rostov-on-Don, na Rússia;
-De Kharkiv para Belgorod, na Rússia;
-De Sumy para Belgorod;
-De Sumy para Poltava, na Ucrânia.
O porta-voz da Rússia, Igor Konashenkov, diz que a Ucrânia recebeu as informações sobre os corredores humanitários com antecedência.
Dois acordos de cessar-fogo fracassam em Mariupol
Em Mariupol e Volnovakha, no leste da Ucrânia, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis foi interrompido pelo segundo dia seguido. Era prevista a saída de pelo menos 215 mil pessoas nos dois distritos, que estão cercados por militares da Rússia.
Autoridades da Ucrânia acusam a Rússia de não interromper bombardeios em áreas que deveriam ser seguras para a passagem de civis. "É extremamente perigoso evacuar pessoas em tais condições", afirmou o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rebateu, acusando as autoridades ucranianas de prejudicarem as operações humanitárias de retirada de civis de Mariupol.
Sem energia elétrica, alimentos, água, gás e transportes, a cidade de Mariupol é uma dos locais mais afetados pela ofensiva da Rússia. O prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, diz que a cidade está submetida a um bloqueio por militares russos.
No sábado, Boichenko afirmou, em comunicado para moradores de Mariupol, que "não há escolha a não ser sair".
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