Dallagnol diz que vai priorizar mapear repasses de dinheiro vivo, as transferências para o exterior não serão investigadas agora

Portal Plantão Brasil
17/4/2017 14:13

Dallagnol diz que vai priorizar mapear repasses de dinheiro vivo, as transferências para o exterior não serão investigadas agora

R$ 23 milhões de Serra na Suíça? Deixa pra lá... Os U$ 40 milhões de Temer? Esquece! O importante para a PF e MPF é tentar

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41803 visitas - Fonte: folha

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos.







Os investigadores querem mapear onde, quando e como ocorreram as entregas de dinheiro em espécie informadas pelos executivos. Um dos maiores desafios agora será comprovar os pagamentos realizados em moeda.



A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer.



O pedido faz parte de diligências sugeridas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina.



Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 –o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie.



A polícia vai ainda atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado.







Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros.



Ao menos 166 citados nos depoimentos serão intimados a depor a partir da próxima semana. A lista inclui políticos alvo de inquéritos, autoridades não investigadas, além de empresários, operadores, entre outros que vão falar como testemunhas.



O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor.



Levantamento da Folha aponta que a PF terá de cumprir mais de 240 medidas neste primeiro momento, excluindo as que se referem a dados telefônicos, fiscais e bancários, mantidos sob sigilo.



A polícia tem reforçado seu efetivo em Brasília, sobretudo em razão da possibilidade de novas operações decorrentes desses inquéritos.



A polícia vai rastrear ações parlamentares em tramitações de medidas provisórias que interessavam à empreiteira –nas delações, os executivos apontam esquema de contrapartidas em troca da aprovação de projetos de interesse do grupo.



Os investigadores querem ainda obter informações sobre voos, hospedagens e registros de entradas e saídas em órgãos públicos, como Congresso, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Aviação Civil.



Outra medida autorizada por Fachin trata da obtenção de registros de presença do ex-diretor da Odebrecht Sérgio Neves, hoje delator, e de outros funcionários da empreiteira na concessionária Minas Máquinas, em Belo Horizonte, ligada a Oswaldo Borges. Ele é apontado como operador financeiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em obras da Cidade Administrativa, que abriga a sede do governo mineiro.



Na lista de políticos investigados no Supremo, há 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados.



Do total de pessoas que serão intimadas pela PF, cerca de 100 são políticos.



Ex-funcionários da Odebrecht também serão chamados para novos depoimentos em que detalharão os casos delatados por eles. O patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, e seu filho Marcelo estão na lista.



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