Segunda ex-mulher de Bolsonaro acusou-o de mandar espancar ex-colega do Exército

Portal Plantão Brasil
16/10/2018 15:40

Segunda ex-mulher de Bolsonaro acusou-o de mandar espancar ex-colega do Exército

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10848 visitas - Fonte: diário do centro do mu

Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, mãe dos parlamentares Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, acusou o pai de seus filhos e candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), de ter sido o mandante do espancamento de um assessor político e seu ex-colega de Exército, Gilberto Gonçalves, ocorrido em uma rua da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no mês de setembro do ano 2000.







O motivo, de acordo com o depoimento de Rogéria, foi o fato de Gonçalves estar trabalhando, à época, como cabo eleitoral de sua candidatura à 2ª reeleição a vereadora do Rio. Quando o fato ocorreu, ela já não era mais esposa de Bolsonaro, e o ex-capitão do Exército tentava eleger para o seu lugar na Câmara o filho Carlos, então um estudante do ensino médio com 17 anos de idade.







Tudo isso consta em registros e depoimentos dados à Polícia Civil do Rio de Janeiro pela própria Rogéria Bolsonaro, que afirmou à imprensa na ocasião que seu ex-marido sofre de “desequilíbrio psicológico e mental” (veja abaixo).



Assim, Rogéria é a segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro a lhe imputar atos de violência e instabilidade emocional. Conforme publicou a revista “Veja” no dia 29 do mês passado, outra ex-esposa do candidato à Presidência pelo PSL, Ana Cristina Siqueira Valle, acusou o parlamentar não apenas de agressão, mas de ameaçá-la de morte, ao ponto dela fugir do país para escapar do ex-marido.



“Ele colocou o filho contra a própria mãe”



No ano 2000, Rogéria Nantes Braga Bolsonaro era vereadora do Rio de Janeiro pelo PMDB. Tentava a reeleição para seu terceiro mandato. Nas duas eleições anteriores, fora pelo nome e fama do seu então marido, ex-capitão, ex-vereador e então deputado federal, então pelo PPB, Jair Bolsonaro, que se elegera.



Ele lançara a mulher na política no início da década de 1990, no tempo em que se transferia do cargo de vereador carioca para a Câmara dos Deputados, onde está hoje, por mais de 25 anos. Foi quando ela passou a arrebanhar os votos que, antes, iam para o marido na eleição do Rio, somando, assim, mais um mandato e um salário à família.



Em 1997, o casal se separou. Os reais motivos da separação, só Rogéria e Bolsonaro podem saber. Na época, cada um apresentou uma versão, e o assunto virou notícia na imprensa. O deputado deu uma entrevista à revista “Isto é Gente”, contando o ocorrido segundo o seu ponto de vista:



“O relacionamento despencou depois que elegi a senhora Rogéria Bolsonaro vereadora, em 1992. Ela era uma dona de casa. Por minha causa, teve 7 mil votos e foi eleita. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria falar comigo para decidir o voto dela. Mas começou a frequentar o plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores. Eu a elegi. Ela tinha que seguir minhas ideias. Acho que sempre fui muito paciente, mas ela não soube respeitar o poder e a liberdade que lhe dei”.



Quer dizer: segundo Bolsonaro, o relacionamento dos dois começou a despencar quando ele a elegeu vereadora, em 1992. Mas só veio a acabar mesmo em 1997. O motivo: ela deixou de obedecer a seus comandos no exercício de seu (segundo) mandato. Rogéria não soube respeitar o poder e a liberdade que ele havia lhe concedido. Isso o deputado disse à imprensa, está registrado.



A vida seguiu. Esposa ou não de Bolsonaro, fato é que Rogéria tomou gosto pela vereança. Mesmo divorciada, quis concorrer a um terceiro mandato, no ano 2000. Ocorre, porém, que ao deixar de ser esposa do ex-capitão, deixou também, aos olhos do hoje candidato a presidente do Brasil, de ser uma boa vereadora.



Então, na eleição municipal de 2000, quando a dita dona de casa tentava se eleger vereadora pela terceira vez, Rogéria deixou de contar com o apoio de Jair Bolsonaro. Naquele ano, o ex-capitão lançou outro candidato à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Seu nome: Carlos Bolsonaro, seu filho, então um adolescente de 17 anos. Abaixo, a inscrição eleitoral do rapaz, protocolada na época junto ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral).







Carlos Bolsonaro tinha 17 anos quando seu pai o lançou na política no ano 2000. Era estudante do ensino médio, menor de idade. Para que pudesse se candidatar, de acordo com a lei, era preciso que fosse emancipado. Jair Bolsonaro então assim o fez, como noticiou a imprensa carioca na época. A partir daí, naquela eleição no Rio de Janeiro, a mãe Rogéria e o filho Carlos passaram a ser adversários, disputando o mesmo eleitorado: os simpatizantes do ex-capitão.



“Bolsonaro emancipou o filho para jogá-lo contra a mãe. Em seu grupo político, não há ninguém merecedor de sua confiança. Já que não é a (ex-)mulher, tem que ser o filho. Um menino ainda, sem o mínimo preparo, com o único objetivo de dizer aos seguidores do deputado-capitão que o seu preposto na Câmara Municipal não é mais a ex-mulher, mas sim o filho, disputando os dois o patrimônio eleitoral do parlamentar. Se isso não é nepotismo, o que é?”



Assim noticiou o fato, no dia 25 de setembro de 2000, o jornal carioca “Tribuna da Imprensa” (que deixou de circular em 2008), um veículo alinhado à direita, simpático a Bolsonaro, mas atento aos fatos, como se pode ver na imagem abaixo, ou em sua versão original, preservada pela Biblioteca Nacional.



Confira a matéria completa no Diário do Centro do Mundo

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