Escândalo de Damares expõe mentiras sobre meninas de Marajó, grilagem e igrejas com terras da União

Portal Plantão Brasil
9/5/2025 13:57

Escândalo de Damares expõe mentiras sobre meninas de Marajó, grilagem e igrejas com terras da União

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O programa “Abrace o Marajó”, idealizado por Damares Alves em 2020, quando ainda chefiava o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Bolsonaro, está no centro de uma série de denúncias graves. A iniciativa, que se dizia voltada ao combate de violações de direitos humanos na Ilha de Marajó (PA), abriu brechas para grilagem de terras e favorecimento ilegal de igrejas evangélicas.

Sob o comando da ex-ministra e hoje senadora bolsonarista, a pasta passou a emitir Termos de Autorização de Uso Sustentável (TAUS) em larga escala. Foram mais de 400 termos que concederam, sem regularização oficial, o uso de mais de 50 milhões de metros quadrados de terras da União. Investigações apontam que muitos desses documentos beneficiaram templos religiosos e lideranças ligadas ao bolsonarismo, especialmente nas cidades de Bagre e Oeiras do Pará.

Pastores e até secretários municipais aparecem envolvidos nas emissões. Um dos casos mais simbólicos é o do pastor Edno Dias, também secretário de Agricultura de Bagre, que admitiu ter usado os TAUS para construir igrejas onde o Estado não chegava. Já em Oeiras, 160 termos foram emitidos com a mesma coordenada geográfica, indicando possível fraude ou manipulação dos registros.

A empresa Biotec Amazônia, parceira do programa, também levantou suspeitas, já que conta com Paulo Bengtson, primo de Damares, em seu conselho. Apesar da relação familiar, a senadora nega envolvimento na escolha da empresa e nas emissões dos documentos.

Além das suspeitas de improbidade administrativa e uso eleitoral do programa, Damares responde a um processo por fake news. Em falas absurdas e sem provas, chegou a alegar que meninas da ilha seriam exploradas sexualmente por não usarem calcinhas, e que tinham os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”. O MPF pede R$ 5 milhões em indenização por danos coletivos.

O Ministério da Gestão já anunciou que investigará todas as autorizações emitidas no âmbito do programa e reavaliará, caso a caso, os documentos expedidos entre 2019 e 2022. Damares, por sua vez, pretende voltar à ilha em 22 de maio, em meio ao escândalo, acompanhada de uma comitiva parlamentar.

Com informações do DCM

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