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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nesta segunda-feira (12), em Pequim, um pacote histórico de investimentos chineses no Brasil, que promete impulsionar setores estratégicos da economia brasileira. A expectativa é de que os aportes somem cerca de US$ 17 bilhões ao longo de 2025.
Os anúncios serão feitos durante um seminário empresarial organizado pela ApexBrasil, com a presença de mais de 700 empresários brasileiros e chineses. Entre os destaques está a fabricante de semicondutores Longsys, que instalará fábricas em São Paulo e Manaus, e a gigante do setor de entregas Meituan, que lançará no Brasil seu serviço Keeta. Já a rede de fast food chinesa Mixue, maior do mundo em número de lojas, vai investir R$ 3,2 bilhões na expansão de sua operação em território nacional.
Outras empresas que integram o pacote incluem a Envision, com R$ 5 bilhões em projetos de combustível sustentável de aviação; a Baiyin Nonferrous, que assumirá uma mina de cobre em Alagoas; e a DiDi, controladora da 99, que pretende eletrificar parte de sua frota no Brasil. Além disso, três companhias da China firmaram parceria com a Nortec Química para produção nacional de insumos farmacêuticos.
A farmacêutica chinesa Sinovac também negocia com a Eurofarma para ampliar a cooperação na área de medicamentos. Segundo Jorge Viana, presidente da Apex, o dinamismo da relação bilateral nunca foi tão intenso. “Isso nunca aconteceu. Estamos superando a marca de R$ 1 trilhão em fluxo bilateral, somando comércio e investimentos”, afirmou.
Do lado brasileiro, empresas como a BRF também avançam. A companhia inaugurará uma fábrica na China no dia 15 de maio, dedicada à produção de hambúrgueres, nuggets e bacon com carne brasileira.
O encontro empresarial deve contar com discursos do presidente Lula, do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, de ministros e de representantes de grandes grupos chineses como BYD, Cofco e Luckin. A expectativa é consolidar a cooperação em áreas como semicondutores, saúde, infraestrutura, energia limpa e conectividade.
Para analistas chineses, a aproximação entre os dois países fortalece a soberania tecnológica do Brasil e pode abrir caminho para adesão formal à Iniciativa Cinturão e Rota. “Essa visita é um marco. O Brasil pode ganhar muito com essa parceria estratégica”, destacou Zhou Zhiwei, da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Com informações da Folha de S.Paulo
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