12/5/2025 11:36

BOMBA! Funcionária revela como funcionava o "Call Center do Careca do INSS”

2902 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Polícia Federal desmantelou um esquema criminoso que fraudava aposentados do INSS com descontos indevidos, envolvendo as empresas Callvox e Truetrust Call Center, ambas operando no mesmo prédio em Brasília. Uma ex-funcionária das empresas revelou que os atendentes eram instruídos a culpar os próprios aposentados, sugerindo que haviam consentido os descontos por meio de ligações ou cliques em links via WhatsApp — mesmo quando as vítimas negavam qualquer autorização.

A operação da PF, chamada Sem Desconto, descobriu que os desvios podem ter ultrapassado os R$ 6,3 bilhões. Funcionários contratados no fim de 2023, auge do esquema, seguiam roteiros prontos para prometer devoluções de valores que raramente se concretizavam. Inicialmente, os prazos eram de 10 dias, mas passaram para 30 dias com o tempo, até que os reembolsos pararam.

O escândalo tem como principais suspeitos o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, e seu sócio Domingos Sávio de Castro. Ambos teriam repassado propinas a servidores do INSS e financiado o escritório de advocacia de Eric Fidelis, filho do então diretor de Benefícios do instituto, André Fidelis, responsável por acordos que autorizavam os descontos.

A empresa Truetrust, registrada como ACDS Call Center, está no centro da operação e era responsável pelo atendimento aos aposentados lesados. Seus funcionários eram divididos em grupos, com roteiros específicos para responder às vítimas dos golpes, sempre tentando justificar os descontos como se fossem legais ou consentidos.

As entidades que recebiam os valores indevidos incluem a CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura), a Abrasprev e a Abapen. A AGU já pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões de doze entidades suspeitas. Adelino Rodrigues Junior, representante legal da CBPA, é apontado como um dos responsáveis operacionais pelo esquema.

Apesar das evidências escandalosas, a estrutura das fraudes envolvia dezenas de pessoas, incluindo gestores das empresas de telemarketing que também são investigados por movimentações financeiras atípicas. O caso expõe um dos maiores ataques ao sistema previdenciário brasileiro já registrados.

Como funcionava o SAC das fraudes:


Com informações do DCM

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