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A 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC terminou nesta terça-feira (13) com a publicação da Declaração de Pequim, um documento histórico que fortalece a união entre China, América Latina e Caribe. O texto representa um passo firme rumo à construção de uma ordem global mais justa, baseada na soberania, desenvolvimento sustentável, paz e multilateralismo inclusivo — em oposição direta ao imperialismo e à ingerência promovida por potências como os Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve papel de destaque no evento, ao lado de líderes como Xi Jinping, Gustavo Petro e Gabriel Boric. Lula foi tratado com grande prestígio pelo governo chinês, participando de um jantar privado com Xi e liderando uma comitiva robusta de ministros, parlamentares e dirigentes de instituições estratégicas. A proposta brasileira de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi incorporada como um dos pilares para futuras ações conjuntas.
A Declaração de Pequim defende a reforma urgente da governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, e pede mais protagonismo para a América Latina. Os países da CELAC também reforçaram o apoio à soberania da China sobre Taiwan e apontaram a necessidade de um latino-americano assumir a Secretaria-Geral da ONU, com exceção da Argentina, que se ausentou das discussões em mais um gesto alinhado à extrema direita.
Em um duro recado ao governo dos Estados Unidos, o documento condena sanções econômicas unilaterais e a manipulação política do discurso antiterrorismo. Também propõe a governança ética das novas tecnologias, como a inteligência artificial, sob a supervisão das Nações Unidas. Direitos humanos, igualdade de gênero e proteção a povos tradicionais e afrodescendentes ganharam espaço central no texto.
No campo ambiental, os países destacaram a importância da COP30, que será realizada em Belém, e cobraram a ativação imediata dos fundos climáticos globais. A Iniciativa Cinturão e Rota da China foi celebrada como motor de integração regional, com mais de 20 países já integrados ao projeto, que prevê investimentos em infraestrutura, energia e conectividade.
O presidente Xi Jinping anunciou ainda cinco novos programas de cooperação com a CELAC, incluindo investimentos em infraestrutura, cultura, formação policial, intercâmbio estudantil e isenção de vistos. Com isso, a parceria avança em bases sólidas e solidárias, em contraponto à lógica exploratória que durante décadas dominou a relação entre o Norte e o Sul Global.
Com informações do Brasil 247
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