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A cúpula das Forças Armadas decidiu se afastar das articulações no Congresso que tentam emplacar uma anistia ampla aos militares bolsonaristas envolvidos nos ataques terroristas de 8 de janeiro e na tentativa de golpe de Estado. Segundo apuração, sete oficiais-generais e membros do Ministério da Defesa reconhecem que o perdão aos golpistas representaria uma ameaça à disciplina e uma espécie de recompensa para quem atentou contra a democracia.
A expectativa nos quartéis é de que os julgamentos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal, com direito à ampla defesa, tragam condenações para os envolvidos, especialmente os que participaram de reuniões com o tenente-coronel Mauro Cid para pressionar chefes militares contrários ao golpe. Quatro dos acusados mantinham proximidade com o alto comando, mas o Exército acredita que parte deles pode ser absolvida, sem necessidade de interferência política.
A anistia, defendida por parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, preocupa os militares sérios, pois também poderia beneficiar o general da reserva Mario Fernandes, que arquitetou o assassinato de autoridades públicas e enviou mensagens golpistas ao então comandante do Exército, Freire Gomes. Sua punição só foi evitada em 2022 por receio da reação do próprio Bolsonaro.
Outros nomes que poderiam ser blindados por uma eventual anistia incluem o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que incentivou ataques a seus colegas de farda, o tenente-coronel Rafael Martins, que vigiava ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, e o coronel José Placídio, já condenado por estimular a insubordinação. Todos ligados à tentativa de ruptura institucional.
Enquanto a extrema-direita no Congresso negocia reduzir penas por destruição da Praça dos Três Poderes e tenta mudar a Lei de Defesa do Estado Democrático, a Procuradoria-Geral da República denuncia 24 militares por envolvimento na trama golpista. A lista inclui figuras de alto escalão como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto, Augusto Heleno e Estevam Theophilo, todos bolsonaristas convictos.
Entre os já punidos está o suboficial Marco Antônio Braga Caldas, condenado a 14 anos de prisão por participação direta nos ataques. O esforço da PGR reforça que não haverá paz sem justiça, e que o Brasil, sob o governo Lula, está empenhado em responsabilizar todos os golpistas, por mais alta que seja sua patente.
Com informações do DCM
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