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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que estará presente no velório de José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, que faleceu aos 89 anos nesta terça-feira (13). Ainda na China, onde cumpre importante missão diplomática, Lula concedeu entrevista coletiva e reforçou que, assim que chegar ao Brasil, irá a Montevidéu prestar sua última homenagem ao amigo e referência internacional de luta popular.
Mujica, símbolo da resistência latino-americana, foi preso por 12 anos durante a ditadura uruguaia e, mesmo assim, seguiu construindo uma trajetória política admirável, marcada pela humildade, pela coragem e pelo compromisso com a democracia. “O mínimo que a gente tem que fazer é se despedir das pessoas que serviram de referência com dignidade e respeito”, afirmou Lula.
Durante a coletiva, o presidente destacou que Mujica não foi apenas um chefe de Estado, mas um exemplo de ser humano que representa os ideais de solidariedade e justiça social. Lula relembrou o último encontro entre os dois, em 2023, quando condecorou o uruguaio com a Ordem do Cruzeiro do Sul, maior honraria oferecida pelo Brasil a estrangeiros.
“Se ele não tivesse nascido, teria que nascer outra vez para que o mundo tivesse um exemplo como ele”, declarou Lula emocionado. No encontro, Mujica já demonstrava serenidade diante da proximidade de sua partida, atitude que simboliza a forma com que governou: com sabedoria, simplicidade e grandeza.
O velório ocorrerá no Palácio Legislativo de Montevidéu. Como reconhecimento oficial à importância de Mujica para a América Latina e o mundo, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, decretou luto oficial de três dias no Brasil.
A despedida a Mujica é mais do que um adeus: é o reencontro da América Latina com seus valores mais nobres, aqueles que a extrema-direita tenta apagar, mas que resistem na memória e no legado de líderes como Pepe.
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