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Em visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o acordo firmado entre Estados Unidos e China para redução das tarifas comerciais bilaterais, após anos de guerra econômica iniciada por Donald Trump. Para Lula, o entendimento mostra que o caminho do diálogo sempre foi o mais sensato, e que decisões unilaterais só aprofundam as crises. "Tarda, mas não falha. A sabedoria leva à mesa de negociação", afirmou.
O acordo, firmado na Suíça, prevê que os EUA reduzirão tarifas adicionais de 145% para 30% sobre produtos chineses, enquanto a China cortará suas taxas de 125% para 10% sobre itens norte-americanos. A medida trouxe alívio imediato aos mercados e foi saudada por Lula como um avanço rumo à cooperação global. O presidente defendeu ainda a retomada da Organização Mundial do Comércio como instância legítima para tratar disputas comerciais.
Lula voltou a reforçar a necessidade de uma nova governança global, com papel efetivo da ONU para garantir o cumprimento de decisões multilaterais, especialmente diante da emergência climática. “Sem força institucional global, as COPs se tornam apenas encontros simbólicos, e o planeta segue ameaçado”, advertiu.
O presidente destacou que sua visita à China estreitou ainda mais os laços com o presidente Xi Jinping, com quem compartilha a defesa do multilateralismo. Ele apontou os Brics como força essencial para alterar o eixo de poder mundial, antecipando que a cúpula do grupo, em julho no Rio de Janeiro, buscará decisões concretas para essa mudança geopolítica.
Durante a entrevista, Lula também comentou a conversa que teve com Xi Jinping sobre o papel tóxico das redes sociais, especialmente na propagação de ódio político e violência. Ao lado da primeira-dama Janja, que explicou os ataques contra mulheres e crianças nas plataformas digitais, Lula solicitou o envio de um representante chinês para debater a regulação do TikTok no Brasil.
Lula criticou o vazamento da conversa, que ocorreu durante um jantar reservado. Ele reforçou que Janja tem profundo conhecimento sobre o tema e destacou que o Brasil tem todo o direito de legislar sobre o assunto. “Não é possível que essas redes continuem impunes. É hora de regular”, afirmou.
Assista:
“Janja não é cidadã de segunda classe”, diz Lula ao responder fakenews de repórter da Globo.
— PRAVDA-BR (@pravda_br) May 14, 2025
Não soube onde ele enfiou a cara ou se saiu de fininho.pic.twitter.com/4FfwzJJ1iG