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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou novamente em Moscou nesta quarta-feira (14), em mais um gesto corajoso para tentar mediar a paz entre Rússia e Ucrânia. Apesar de oficialmente tratada como uma parada técnica para reabastecimento da aeronave presidencial, a visita pode representar um novo esforço diplomático brasileiro na busca por uma saída negociada para a guerra que já ultrapassa três anos de destruição.
Antes de deixar a China, onde cumpria agenda oficial, Lula declarou que pretende conversar com o presidente Vladimir Putin e insistir para que o líder russo participe presencialmente da rodada de negociações marcada para esta quinta-feira (15), em Istambul, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O gesto mostra o protagonismo internacional de Lula, que se compromete com a paz em tempos de tensões globais.
Segundo o presidente, o apelo partiu diretamente do governo ucraniano. O chanceler Andrii Sibiha teria procurado o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para pedir a intermediação de Lula junto ao Kremlin. O presidente afirmou que, em jantar recente com Putin, durante as celebrações do Dia da Vitória na Rússia, ouviu do líder russo que ele está disposto a discutir uma saída diplomática para o conflito.
Embora o Kremlin não tenha confirmado oficialmente a conversa com Lula, a mídia russa especula sobre uma possível reativação dos canais diplomáticos impulsionada pela liderança brasileira. Enquanto isso, a posição oficial do governo brasileiro permanece discreta, reforçando a narrativa de que a parada em Moscou foi apenas técnica.
Na véspera, em Pequim, os governos do Brasil e da China divulgaram uma declaração conjunta em defesa do diálogo como único caminho possível para uma solução política e duradoura na Ucrânia. O documento ressalta a necessidade de que todas as preocupações legítimas dos envolvidos sejam levadas em conta para um acordo de paz justo.
A atuação de Lula reforça seu compromisso com o multilateralismo e a diplomacia, colocando o Brasil novamente como um agente relevante nas negociações internacionais, longe da submissão e do belicismo que marcaram o governo anterior.
Com informações do DCM
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