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O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acionou o Ministério Público Federal contra o governo do Rio Grande do Sul, denunciando o uso político do documentário “Todos nós por todos nós”, lançado no fim de abril. O parlamentar acusa a produção de promover indevidamente o governador Eduardo Leite (PSD), que aparece por mais de nove minutos dos 42 de duração da peça.
Segundo Pimenta, o documentário tem “caráter de promoção pessoal e pré-campanha eleitoral” e foi lançado quase ao mesmo tempo em que Leite anunciou sua pré-candidatura, o que reforçaria o uso da peça como estratégia eleitoral disfarçada de comunicação institucional.
No pedido ao MPF, o ex-ministro também levanta suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados na produção. Ele menciona um empenho de R$ 28 milhões, classificado como "Serviços de Publicidade", sem detalhamento claro sobre contratos ou objetivos específicos. Há indícios, segundo ele, de que verbas federais destinadas à reconstrução do estado possam ter sido desviadas para fins eleitorais.
A Secretaria Estadual de Comunicação, no entanto, nega que o vídeo tenha sido financiado com recursos destinados à reconstrução. O órgão afirma que a produção foi feita por sua equipe interna, com apoio do Departamento de Jornalismo, e não envolveu verba emergencial.
O governo do estado explicou ainda que os R$ 28 milhões citados no demonstrativo do Plano Rio Grande referem-se a uma campanha de retomada do turismo, visando mitigar os prejuízos causados ao setor pelas enchentes e reativar a economia local, sobretudo após a paralisação do aeroporto Salgado Filho.
Com informações da Folha de São Paulo
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