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Militares israelenses reconheceram, de forma reservada, que a Faixa de Gaza caminha para uma fome em massa nas próximas semanas, caso a entrada de ajuda humanitária não seja retomada. Apesar dos alertas da ONU desde o início do conflito, o governo de Israel minimizou os impactos do bloqueio de alimentos, combustíveis e medicamentos sobre a população civil palestina.
Análises internas do próprio Exército indicam que diversas regiões do território já não têm condições de garantir o mínimo nutricional necessário à sobrevivência. O reconhecimento da crise coincide com o anúncio do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de que pretende intensificar os bombardeios para “eliminar o Hamas”, ignorando completamente o agravamento da tragédia humanitária.
Relatório da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, ligado à ONU, alertou que a fome em Gaza é iminente e que, com a continuidade dos ataques, milhões ficarão sem água, comida ou abrigo. As padarias fecharam, cozinhas solidárias deixaram de funcionar e os estoques da ONU foram esgotados. O preço da farinha, por exemplo, aumentou 60 vezes, e saques se multiplicam.
A população está desesperada. O ex-funcionário da ONU Khalil el-Halabi contou que perdeu 36 quilos desde o início da guerra e sobrevive com restos de enlatados vencidos. Sua filha, com um bebê recém-nascido, não consegue sequer amamentar por falta de alimentos. A resposta oficial israelense permanece vaga e sem medidas concretas, apesar das acusações da ONU de que Israel impõe “deliberadamente condições desumanas”.
Israel tenta impor um novo esquema de entrega de ajuda sem envolvimento do Hamas, por meio de empresas privadas e sob vigilância militar. A ONU rejeitou o plano, alegando que ele dificultaria o acesso e colocaria em risco civis vulneráveis. Mesmo assim, Tel Aviv insiste na narrativa de que o bloqueio visa enfraquecer o Hamas, como forma de forçá-lo a libertar reféns — estratégia que afunda ainda mais o país no abismo da barbárie.
Com informações do Brasil 247
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