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A Polícia Federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo relatório que reforça o nível de violência planejado pela quadrilha golpista ligada a Jair Bolsonaro. O documento, enviado nesta quarta-feira (15), inclui um áudio gravíssimo extraído do celular do agente da própria PF, Wladimir Soares, preso em novembro de 2024. As provas escancaram que o grupo bolsonarista não apenas planejava romper a ordem democrática, como também pretendia assassinar autoridades para manter o ex-presidente no poder.
Wladimir Soares integrava o time de segurança do Palácio do Planalto e, depois da vitória do presidente Lula, passou a vazar informações sobre sua agenda. De acordo com os investigadores, ele fazia parte de um núcleo chamado de "operações especiais", equipado com armamento pesado e pronto para agir em defesa da manutenção golpista de Bolsonaro.
Em áudios obtidos pela PF e agora juntados ao processo, Soares declara abertamente que o grupo estava disposto a “empurrar quem viesse à frente”, deixando clara a intenção de confrontos armados. Em outro momento, ele diz que era necessário prender o ministro Alexandre de Moraes “sem muita conversa” e defende a ação direta contra o magistrado.
A ousadia do grupo criminoso era tamanha que o policial relata estar escalado para uma equipe que pretendia prender e até eliminar Moraes: “eu ia estar em uma equipe, ia botar pra f* nesse filho da p*”. A naturalidade com que falava sobre o assassinato de um ministro do STF comprova a gravidade da ameaça que a democracia brasileira enfrentou naquele período.
O conteúdo foi classificado pela PF como de “extrema gravidade” e justifica, mais uma vez, o rigor das investigações conduzidas sob a relatoria do ministro Moraes. O material integra um adendo ao relatório final já apresentado ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR).
As revelações fortalecem o trabalho incansável da Justiça brasileira na responsabilização dos golpistas e mostram como Jair Bolsonaro e seus cúmplices estavam dispostos a mergulhar o país no caos para tentar se manter no poder pela força.
Com informações do Brasil 247
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