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Uma análise da operação “Sem Desconto” revelou o escândalo bilionário envolvendo convênios fraudulentos firmados pelo INSS com associações sem capacidade de atendimento, especialmente durante os governos de Jair Bolsonaro. Entre 2019 e 2022, foram 12 convênios assinados que resultaram em R$ 2,1 bilhões de descontos em benefícios de aposentados e pensionistas. Durante o governo Lula, embora também tenham ocorrido irregularidades, o valor total foi de R$ 235 milhões — quase dez vezes menor.
A farra dos convênios teve impulso na gestão de José Carlos Oliveira, aliado direto de Bolsonaro e ex-ministro da Previdência. Ele assinou acordos que movimentaram quase R$ 700 milhões com entidades como AMBEC e AAPB. Ambas são investigadas por desvio de recursos e vínculos com o lobista conhecido como “careca do INSS”. Auditorias constataram que essas entidades sequer tinham estrutura física adequada para operar.
Na sequência, Sebastião Faustino de Paula assumiu a Diretoria de Benefícios e ampliou os convênios com mais quatro entidades, entre elas a Unaspub, que arrecadou R$ 267 milhões e também é investigada. Em comum, todas apresentavam sérias deficiências operacionais, como número insuficiente de funcionários e falhas graves no atendimento aos associados.
Edson Yamada, que permaneceu no cargo já nos primeiros meses do governo Lula, mas tinha vínculos com a gestão bolsonarista, também aparece como sócio de Oliveira em empresa mencionada nos relatórios da PF. Ele assinou convênios com entidades como CBPA e AP Brasil, que movimentaram mais de R$ 500 milhões. A CGU constatou que a CBPA operava em condições mínimas, sem capacidade de prestar os serviços prometidos.
No atual governo, André Fidelis foi o único nome ligado a irregularidades. Ele foi exonerado após a imprensa revelar que teria recebido R$ 5,1 milhões de associações investigadas, por meio de uma empresa em nome de seu filho. A CGU recomendou que ele seja incluído nas ações judiciais contra os envolvidos.
Apesar da tentativa da extrema-direita de colar o escândalo no governo Lula, os dados mostram que o grosso da fraude ocorreu na gestão Bolsonaro, sob o comando de aliados diretos do ex-presidente. O levantamento expõe como a máquina pública foi usada para atacar aposentados e enriquecer operadores políticos ligados ao bolsonarismo.
Com informações do |brasil 247
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