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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apareceu tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (PL) na corrida para o Senado por São Paulo, segundo levantamento da Paraná Pesquisas. O resultado, que causou surpresa e preocupação entre aliados do bolsonarismo, revela a força de Haddad mesmo diante de um cenário conservador no estado.
A pesquisa mostra Eduardo com apenas quatro pontos de vantagem sobre Haddad, o que, dentro da margem de erro, configura um empate técnico. O dado enfraquece a confiança da direita, especialmente diante do fato de Eduardo estar licenciado da Câmara e morando nos Estados Unidos — o que pode afastá-lo ainda mais dos eleitores paulistas.
O presidente Lula já declarou publicamente apoio à candidatura de Haddad ao Senado em 2026, reforçando o nome do ministro como um dos principais quadros políticos do país. O apoio do Planalto tem provocado movimentações no PL e entre os aliados de Jair Bolsonaro, que veem Haddad como um adversário competitivo e fortalecido.
Do lado da direita, além de Eduardo, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também mira o Senado. Ele anunciou sua saída do PL e filiação ao PP, numa tentativa de ampliar espaço político e garantir uma das duas cadeiras paulistas na eleição.
Ambos estiveram em Nova York recentemente para reuniões que trataram das estratégias eleitorais de 2026. O plano dos bolsonaristas é tentar dividir as duas vagas do estado entre eles — uma aliança que visa consolidar a extrema-direita paulista, mesmo com Eduardo vivendo fora do país.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 4 de maio, com 1.700 eleitores em 85 municípios. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais e o grau de confiança, de 95%. O cenário evidencia que, com apoio de Lula e trabalho sólido no governo, Haddad tem tudo para virar o jogo e derrotar mais um símbolo do bolsonarismo.
Com informações do DCM
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