16/5/2025 10:43

Michelle é alvo de deboche de aliados: “prefiro o Lula”, diz Cid

581 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Conversas entre o tenente-coronel Mauro Cid e Fabio Wajngarten, reveladas pela Polícia Federal e publicadas pelo UOL, mostram o nível de desrespeito, desorganização e intrigas internas entre aliados de Jair Bolsonaro. Os dois ironizaram e zombaram da possível candidatura de Michelle Bolsonaro à Presidência em 2026, expondo bastidores de um bolsonarismo rachado e contaminado por disputas de poder e desconfiança.

Em tom de deboche, Cid declarou preferir Lula a ver Michelle candidata, rindo da ideia sugerida por Valdemar Costa Neto. Wajngarten, ex-homem de confiança de Bolsonaro, também menosprezou a ex-primeira-dama, sugerindo que ela só carrega o bolsonarismo porque não tem a rejeição do marido. Ambos indicaram que Michelle teria um passado comprometedor que a tornaria “alvo fácil” em uma disputa presidencial.

Além disso, as mensagens mostram Cid revelando desentendimentos com a própria Michelle, que o acusou de vazar informações que a descreviam como “teimosa”, “medíocre” e “falsa crente”. Em outro momento, Cid e o coronel Marcelo Câmara zombam da convivência com a ex-primeira-dama, escancarando o desprezo de auxiliares próximos à figura que o PL tenta empurrar como sucessora política de Bolsonaro.

O racha no núcleo bolsonarista também ficou evidente nas mensagens trocadas durante os ataques golpistas de 8 de janeiro. Cid admitiu a Paulo Figueiredo que Bolsonaro foi alertado para conter a invasão, mas se recusou. A omissão do ex-presidente diante do caos foi duramente criticada por seus aliados, que já previam o desastre e o futuro da extrema-direita: “acabaram de destruir a direita brasileira”, escreveu Figueiredo.

As trocas de mensagens ainda expõem que Bolsonaro foi alertado com horas de antecedência sobre a escalada da violência, mas preferiu o silêncio. Seu único pronunciamento veio tarde demais, quando os ataques já haviam sido contidos. A omissão não foi casual: fazia parte de uma estratégia de quem flertou com o golpe até o fim.

O conteúdo das mensagens escancara um bolsonarismo mergulhado em cinismo, traições e crimes contra a democracia. As provas fortalecem o cerco judicial contra Bolsonaro e mostram que, no coração do seu grupo, reina o caos.

Veja o diálogo:





Com informações da Fórum

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