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A Polícia Federal revelou que o plano de assassinato de autoridades, articulado por golpistas aliados de Jair Bolsonaro, seguiu ativo até poucos dias antes da posse do presidente Lula, em 1º de janeiro de 2023. Novas mensagens obtidas pelos investigadores mostram que o policial federal afastado Wladimir Soares, preso por envolvimento na trama, discutiu os crimes no dia 29 de dezembro de 2022 com um aliado.
No diálogo, Wladimir relata que Bolsonaro “vai dar para trás” e “vai fugir”, indicando o abandono do plano pelo ex-presidente. Em seguida, ele menciona a fuga da ex-primeira-dama: “Michelle foi ontem”, referindo-se à ida dela para os Estados Unidos no dia 28. O interlocutor pergunta se a chance de uma reviravolta existia, e Wladimir responde: “Até ontem”.
Essas conversas foram entregues ao Supremo Tribunal Federal em um relatório complementar da PF nesta quarta-feira (14). Embora não alterem diretamente os rumos do processo, as mensagens fortalecem o conjunto de provas que demonstram que o plano golpista envolvia atentados contra autoridades da República e contava com apoio de figuras do entorno de Bolsonaro.
Entre os alvos da trama, estavam ministros do governo e membros do Judiciário. As conversas indicam que agentes ligados a diferentes forças de segurança participaram ativamente da conspiração, inclusive com movimentações internas na própria sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
As evidências constrangem politicamente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tenta blindar o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e nome central no esquema. As mensagens reforçam que agentes subordinados a Ramagem estavam diretamente envolvidos nas tratativas criminosas.
As revelações aprofundam a gravidade da trama bolsonarista contra a democracia brasileira. Enquanto Lula se preparava para tomar posse e iniciar a reconstrução do país, setores extremistas ligados ao ex-presidente conspiravam para impedir a transição legítima por meio do terror.
Com informações do DCM
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