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A nova proposta de reforma fiscal do presidente Donald Trump, que prometia beneficiar trabalhadores norte-americanos, enfrenta forte resistência no Congresso e críticas de especialistas que apontam aumento nas desigualdades e perdas significativas para a população de baixa renda.
Segundo o Penn Wharton Budget Model, norte-americanos que recebem menos de US$ 51 mil por ano poderão ver sua renda líquida diminuir a partir de 2026. Os cortes em programas sociais como o Medicaid e a assistência alimentar devem atingir em cheio os mais pobres. Trabalhadores com renda inferior a US$ 17 mil podem perder até US$ 1.000 por ano, enquanto aqueles entre US$ 17 mil e US$ 51 mil perderiam em média US$ 700 anuais.
Enquanto isso, o 0,1% mais rico da população — com rendas acima de US$ 4,3 milhões — poderá embolsar até US$ 389 mil a mais por ano com a nova política. O plano ainda propõe estender cortes de impostos de 2017, eliminar impostos sobre gorjetas e horas extras, e aumentar deduções, mas muitos desses benefícios são temporários.
A proposta também prevê corte de quase US$ 5 trilhões em receitas ao longo de uma década, agravando o déficit fiscal. Parte significativa do custo viria da redução de investimentos públicos em áreas essenciais.
Nem mesmo o Partido Republicano está coeso. Deputados da ala mais conservadora exigem cortes ainda mais profundos e o fim imediato de incentivos a energias renováveis aprovados por Biden. Já moderados de estados como Nova York pressionam por mais deduções para impostos locais (SALT), o que dificulta um consenso interno.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, tenta ajustar o projeto para agradar todas as alas do partido e garantir que o texto vá ao plenário até a próxima semana. Mas mesmo aprovado na Câmara, o projeto terá caminho difícil no Senado.
Trump tem pressionado por unidade entre seus aliados e voltou a atacar divergências internas: “Parem de falar e façam acontecer!”, escreveu em suas redes.
Com informações do Brasil247
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