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Em meio à crise provocada pelo tarifaço de Donald Trump contra o Brasil, o governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tentou se reposicionar nesta sexta-feira (11) ao se reunir com Gabriel Escobar, chefe da missão diplomática dos EUA. O encontro aconteceu no escritório do governo paulista em Brasília, em um momento de forte desgaste político para Tarcísio, criticado até por setores do agronegócio e da indústria.
A reunião veio dias após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, em uma retaliação que reforça o alinhamento do ex-presidente norte-americano com Jair Bolsonaro. Em vez de defender os interesses nacionais, Tarcísio se apressou em culpar o presidente Lula pela crise e ainda aproveitou para atacar o Supremo Tribunal Federal, repetindo a cartilha bolsonarista de desinformação e submissão a interesses estrangeiros.
Gabriel Escobar, que ocupa o cargo de encarregado de negócios na embaixada americana — vaga de embaixador ainda não foi preenchida no governo Trump — já havia sido convocado duas vezes pelo Itamaraty, que devolveu simbolicamente a carta em que Trump comunicava as tarifas. A diplomacia brasileira, sob o governo Lula, deixou claro que o Brasil não aceitará interferências externas em suas decisões soberanas.
Nas redes sociais, Tarcísio tentou suavizar o estrago de sua postura subserviente com um discurso ambíguo: disse ter discutido os impactos das tarifas com Escobar e prometeu abrir diálogo com empresas paulistas, mas seguiu jogando a responsabilidade da crise sobre o governo federal. A fala, recheada de clichês sobre “narrativas”, foi vista como mais uma tentativa de escapar do desgaste gerado pela sua omissão em defesa dos interesses nacionais.
Tarcísio vive agora um impasse político: se seguir bajulando Trump e Bolsonaro, corre o risco de perder apoio do agronegócio, da indústria e do mercado financeiro, setores diretamente prejudicados pelas tarifas. Mas se criticar as medidas de Trump, enfrentará a fúria dos bolsonaristas radicais que ainda esperam dele fidelidade cega ao projeto autoritário derrotado nas urnas.
A crise expõe o oportunismo e a falta de coragem de Tarcísio para se posicionar com firmeza a favor do Brasil. Sua tentativa de agradar a todos evidencia um governador refém do bolsonarismo, sem projeto real de nação, disposto a negociar a soberania do país para manter alianças políticas com a extrema direita internacional.
Com informações do Brasil 247
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