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Durante evento no Espírito Santo nesta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a postura da família Bolsonaro diante das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em tom irônico, Lula ironizou o deputado foragido Eduardo Bolsonaro, que estaria tentando comover Donald Trump em defesa do pai: “Ô Trump, pelo amor de Deus, salva meu pai, não deixa ele ser preso”, disse o presidente, arrancando risos da plateia.
Lula lembrou que Eduardo se afastou da Câmara justamente para atuar como lobista nos EUA em favor do pai, ignorando as leis brasileiras e a soberania nacional. "Que tipo de homem é esse que não tem vergonha de enfrentar um processo de cabeça erguida e provar que é inocente?", questionou o presidente, expondo o comportamento covarde do ex-mandatário, que foge da Justiça brasileira e tenta apoio internacional para escapar da prisão.
O petista também desmontou a narrativa trumpista sobre as tarifas, apontando que os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil — pelo contrário. Segundo dados da Amcham Brasil, o superávit americano com o Brasil em 2025 foi de US$ 1,7 bilhão, um salto de 500% em relação ao ano anterior. Ou seja, não há base econômica para a medida, apenas motivação política.
Em um recado direto, Lula garantiu que o Brasil não se curvará a pressões externas e buscará soluções multilaterais para reverter o tarifaço, inclusive recorrendo à OMC e ao BRICS. “Esse país não vai abaixar a cabeça pra ninguém”, declarou, sendo aplaudido por pescadores e agricultores atingidos pelo crime ambiental em Mariana, que acompanhavam o lançamento do Novo Acordo Rio Doce.
Enquanto isso, o bolsonarismo vive um paradoxo: Eduardo Bolsonaro apoia publicamente as tarifas, ainda que elas prejudiquem o agronegócio e setores industriais que sempre financiaram o próprio clã. Assessores do governo Lula avaliam que o gesto de Trump pode acabar minando o apoio interno aos bolsonaristas, consolidando a imagem de que a extrema direita está disposta a sacrificar os interesses do Brasil para proteger seus líderes criminosos.
Apesar do discurso agressivo, Trump ainda deixou uma porta aberta ao dizer que “talvez fale com Lula em algum momento”. Lula, por sua vez, mostrou firmeza: “Se não tiver jeito, vamos responder com reciprocidade. Taxou aqui, a gente taxa lá”. A diferença entre quem defende o Brasil e quem ajoelha diante de interesses estrangeiros nunca esteve tão clara.
Veja o momento da fala de Lula:
Com informações do DCM
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