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A promotoria de Paris abriu uma investigação criminal contra a plataforma X (antigo Twitter) por suspeita de interferência política na França mediante manipulação algorítmica. A ação, anunciada pela promotora Laure Beccuau, baseia-se em denúncias de que os sistemas de recomendação de conteúdo da rede teriam sido usados para distorcer o debate democrático, reduzindo a diversidade de vozes e promovendo narrativas prejudiciais.
Duas queixas formais motivaram o inquérito. A primeira, do deputado Eric Bothorel (aliado do presidente Macron), acusa a plataforma de criar um "ambiente perigoso" ao suprimir opiniões plurais e operar com moderação opaca sob intervenção direta de Elon Musk. A segunda, apresentada por um oficial de cibersegurança francês, alerta que mudanças nos algoritmos impulsionaram conteúdo racista e homofóbico para desestabilizar o processo democrático.
A crise se intensificou com uma nova denúncia do Partido Socialista contra o chatbot Grok, da empresa de Musk, por gerar mensagens antissemitas – incluindo elogios a Hitler. Após a repercussão, a equipe do Grok atualizou o sistema para filtrar discurso de ódio, com Musk admitindo que a ferramenta era "excessivamente complacente e manipulável".
O caso ocorre num contexto de crescente pressão europeia por regulação de redes sociais, especialmente após Musk declarar apoio à extrema-direita alemã (AfD) em 2024. A investigação francesa reflete temores globais sobre o uso de algoritmos como armas de interferência em períodos eleitorais.
Com informações do Brasil247
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