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Na madrugada desta quinta-feira (2), forças militares de Israel interceptaram 41 embarcações da Flotilha Global Sumud, que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza em uma tentativa de romper o bloqueio imposto ao território palestino. A operação, realizada em águas internacionais, resultou na detenção de mais de 500 ativistas, que seguem sob custódia israelense sem qualquer informação oficial sobre seu paradeiro.
Entre os detidos estão 18 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), a presidenta do PSOL-RS Gabrielle da Silva Tolloti, a vereadora Mariana Conti (PSOL-Campinas) e o ativista Thiago Ávila. Também participavam da missão nomes como Miguel Viveiros de Castro, João Aguiar e outros militantes engajados em defesa da causa palestina. Familiares e movimentos sociais denunciam que os detidos estão incomunicáveis, em clara violação ao direito internacional.
Vídeos gravados previamente pelos próprios participantes foram divulgados como forma de denúncia diante da iminência de um ataque. As imagens mostram o momento em que autoridades israelenses assumem o controle das embarcações usando canhões de água. Em nota, a organização classificou a ação como “pirataria” e “crime de guerra”, já que ocorreu em águas internacionais e contra civis desarmados.
Segundo os rastreadores da flotilha, apenas dois barcos escaparam da interceptação: o Mikeno, que estaria em águas territoriais palestinas, e o Marinette, ainda a alguns quilômetros de Gaza. Há relatos de que novas embarcações tenham partido da Turquia rumo à região, mas sem informações confirmadas.
Em comunicado, a Flotilha Global Sumud exigiu que governos, instituições internacionais e líderes mundiais pressionem Israel pela libertação imediata dos detidos. A nota também denuncia o genocídio em curso contra o povo palestino e afirma que cada ato de repressão apenas reforça a determinação dos movimentos de solidariedade internacional.
Até o momento, autoridades israelenses não deram explicações formais sobre o paradeiro dos mais de 500 ativistas detidos, agravando a tensão diplomática e as cobranças por parte das famílias e organizações internacionais.
Assista aos vídeos:
"israel" publica vídeo-propaganda do sequestro de Greta Thunberg na interceptação da Global Sumud Flotilla.
— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 1, 2025
A ação israelense de captura ilegal de cerca de 500 ativistas de mais de 50 nacionalidades que levavam ajuda humanitária a Gaza configura um dos maiores sequestros… pic.twitter.com/XyTYggY8pG
Os integrantes da Flotilha que levava ajuda humanitária a Gaza foram sequestrados. Precisamos levantar nossas vozes e fortalecer as mobilizações! Amanhã, atos acontecerão em todo o Brasil para exigir que Lula pressione Israel e garanta o retorno em segurança de nossos camaradas… pic.twitter.com/rpFdvDelMc
— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) October 2, 2025
Moments of the Israeli navy targeting Mikeno ship of Sumud Flotilla with water cannon. pic.twitter.com/m9sWOnraOW
— Clash Report (@clashreport) October 1, 2025
Flotilla’s Maria Christina getting BUFFETED by Israeli water cannon right now
— RT (@RT_com) October 1, 2025
Cameras still rolling to capture blasts https://t.co/z2sbfP4SNY pic.twitter.com/15Mnv1Ftje
"israel" sequestra flotilha rumo a Gaza; vídeo mostra corte de comunicação no momento de interceptação.
— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 1, 2025
Mais de 500 ativistas de 50 países íntegram a missão da Global Sumud Flotilla. Interceptação é ilegal e ação israelense pode caracterizar um dos maiores episódios de sequestro… pic.twitter.com/meONyekVFC