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A organização Global Sumud confirmou nesta sexta-feira (3) que o último barco de sua flotilha solidária rumo à Faixa de Gaza foi interceptado pela Marinha de Israel. A embarcação, chamada Marinette, foi abordada às 10h29, no horário local, a 42,5 milhas náuticas de Gaza. Com isso, todos os 42 barcos que levavam ajuda humanitária foram capturados por forças israelenses.
O movimento internacional, que reúne ativistas de mais de 45 países, partiu de Barcelona em agosto com cerca de 45 embarcações. O objetivo era abrir um corredor humanitário diante da tragédia em Gaza, onde a ONU já alerta para um quadro de fome generalizada após quase um ano de massacres israelenses. Brasileiros também participaram da missão, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
Entre quarta e quinta-feira, 41 barcos já haviam sido interceptados e mais de 400 ativistas detidos, incluindo a sueca Greta Thunberg e a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau. Israel anunciou que os estrangeiros serão deportados para a Europa, sem dar detalhes. O Hamas classificou a ação como “terrorismo marítimo” e a Anistia Internacional denunciou “um ato de intimidação” contra civis desarmados.
Enquanto Netanyahu comemorava a operação militar, governos de vários países protestaram. A Colômbia expulsou a delegação diplomática israelense após a prisão de duas cidadãs. O México exigiu a repatriação imediata de seis nacionais, e a Espanha abriu investigação sobre crimes contra a humanidade após a captura de 65 espanhóis.
A Turquia, que teve 24 cidadãos presos, anunciou inquérito e classificou a operação como “ato de terrorismo”. Protestos tomaram as ruas de várias cidades na Europa e na América Latina em solidariedade aos ativistas sequestrados e em denúncia ao genocídio contra o povo palestino.
No Brasil, o Itamaraty confirmou a presença de 15 participantes na flotilha e afirmou que Israel deve garantir a segurança dos detidos. A Global Sumud, cujo nome significa “resiliência” em árabe, prometeu seguir denunciando os crimes de guerra cometidos contra Gaza e reforçou que a luta pela abertura de corredores humanitários continuará.
Com informações do Brasil 247
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