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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o encontro com Lula na Assembleia Geral da ONU foi uma das “poucas coisas boas” de sua passagem por Nova York. A declaração veio à tona durante a videoconferência que os dois líderes realizaram nesta segunda-feira (6).
Na ocasião, Trump voltou a criticar a ONU e até ironizou problemas logísticos em sua visita, mas destacou a “excelente química” com o presidente brasileiro. Lula, por sua vez, aproveitou a conversa para tratar de temas centrais da relação bilateral, como o pedido de suspensão da tarifa de 50% aplicada contra produtos brasileiros e a revisão da decisão americana de cancelar os vistos de sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo membros do governo, o diálogo foi considerado cordial, porém superficial. Trump não deu resposta direta às solicitações de Lula, mas ambos acordaram que as discussões técnicas seriam conduzidas por equipes de alto nível. Pelo lado brasileiro, os ministros Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira assumirão as tratativas, enquanto Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio.
Também foi acertado que os dois presidentes devem se encontrar pessoalmente em breve. Lula sugeriu a Cúpula da Asean, marcada para o fim de outubro na Malásia, como possível palco para a reunião.
O Planalto descreveu a conversa, de cerca de 30 minutos, como “amistosa”. Lula voltou a frisar que o Brasil é um dos poucos países do G20 com déficit comercial em relação aos Estados Unidos, ao lado do Reino Unido e da Austrália, argumento usado para rebater a narrativa americana de desequilíbrio comercial.
Esse foi o primeiro diálogo direto entre Lula e Trump desde a breve troca de palavras nos corredores da ONU, em setembro. Apesar do tom cordial, seguem abertos pontos de tensão importantes, como o tarifaço imposto unilateralmente por Washington e as sanções a autoridades brasileiras, que afetam diretamente o equilíbrio diplomático entre os dois países.
Com informações do DCM
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