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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma leva de visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto após ser condenado por liderar a trama golpista de 2022. Entre os liberados está o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos fiéis escudeiros do bolsonarismo.
A decisão também contempla outros nomes do núcleo duro da extrema-direita: os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Márcio Bittar (PL-AC), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o dirigente Bruno Scheid. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, figura central nas articulações da direita, encerrará a agenda de visitas marcada entre os dias 9 e 20 de outubro.
O cronograma foi cuidadosamente estabelecido: Ciro abre a lista no dia 9; o assessor Marcus Antonio Ibiapina, no dia 10; Bruno Scheid, no dia 13; Marcos Pontes, no dia 14; Márcio Bittar, no dia 16; Sóstenes Cavalcante, no dia 17; e Valdemar no dia 20.
Segundo a defesa de Bolsonaro, esses encontros seriam “essenciais” para o ex-presidente seguir conectado às estratégias partidárias do PL. O ministro Moraes, no entanto, manteve rígido controle sobre o número e a frequência das visitas, exigindo que todos os nomes sejam previamente autorizados para entrar na residência do réu em Brasília.
Bolsonaro também tentou incluir Gilson Machado, vereador do Recife e aliado antigo, mas o pedido ainda não foi analisado. O ex-presidente segue sob fortes restrições impostas pelo STF, que limitam sua comunicação e movimentos justamente para evitar novas tentativas de articulação golpista.
Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em setembro, Bolsonaro cumpre a pena em casa por ter desobedecido ordem direta de Moraes em investigação que apura atos de coação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O cerco da Justiça segue firme contra o clã que tentou rasgar a democracia brasileira.
Com informações do DCM
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