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A Procuradoria de Justiça da Itália se manifestou contra a libertação da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que continua presa no presídio de Rebibbia, em Roma. A defesa da parlamentar bolsonarista havia recorrido à Corte Suprema de Cassação, última instância do Judiciário italiano, mas o parecer emitido nesta quarta-feira (8) reforçou a manutenção da prisão. A decisão final deve ser divulgada até quinta-feira (9).
Os advogados de Zambelli insistem que ela poderia aguardar o processo de extradição em prisão domiciliar, num apartamento nos arredores de Roma. O Ministério Público, no entanto, defende que a prisão em regime fechado seja mantida, entendendo que não há motivo para flexibilização.
Zambelli está detida desde julho e já tentou recorrer em todas as instâncias possíveis da Justiça italiana. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal condenou a bolsonarista a dez anos de prisão pelo seu envolvimento na invasão criminosa do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na semana passada, a deputada tentou sensibilizar a opinião pública divulgando uma carta escrita na prisão. No texto, alegou estar vivendo um momento de grande dificuldade, mas disse confiar no sistema judicial da Itália e reafirmou sua suposta inocência — um discurso repetido pelos bolsonaristas mesmo diante de provas e condenações.
Agora, a definição sobre a extradição depende da Suprema Corte italiana. A expectativa é que, ainda nesta semana, seja anunciada a decisão que determinará se Zambelli continua presa em Roma ou se terá a chance de responder em regime domiciliar até o julgamento final.
A prisão da parlamentar simboliza a derrocada de mais um nome ligado ao bolsonarismo, que tenta se vitimizar enquanto responde por crimes graves contra a democracia e as instituições brasileiras.
Com informações do Brasil 247
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