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Nos bastidores do Congresso cresceu a articulação para derrubar a Medida Provisória 1.303/25, que prevê tributação sobre aplicações financeiras e ativos virtuais. A medida é considerada prioridade pela equipe econômica do presidente Lula, já que deve gerar cerca de R$ 17 bilhões em arrecadação e garantir fôlego fiscal para o início de 2026.
Um dos principais articuladores contra a proposta é Gilberto Kassab, presidente do PSD. Ele tem telefonado a deputados pedindo votos para rejeitar a MP, atendendo a um pedido do governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que busca mobilizar ao menos 25 votos contrários. Apesar de o PSD ocupar três ministérios no governo, em São Paulo Kassab mantém aliança com Tarcísio e opera a favor de seus interesses eleitorais.
Dentro do partido, a avaliação é de que a bancada está dividida: parlamentares de regiões onde a base é menos alinhada a Lula, especialmente no Sul, tendem a votar contra a medida. A postura evidencia mais uma vez a contradição de Kassab, que negocia espaços no governo federal enquanto, nos bastidores, atua para enfraquecer a gestão.
O pano de fundo desse movimento, porém, não está ligado apenas ao debate tributário sobre bets, fintechs ou letras de crédito. O objetivo real é político-eleitoral. Caso a MP seja aprovada, o governo entrará em 2026 com as contas públicas mais equilibradas e melhores condições econômicas para Lula disputar a reeleição.
Para setores da oposição, aprovar uma proposta que fortalece o governo é visto como risco político em suas bases eleitorais. Por isso, o esforço da extrema-direita e de aliados como Kassab é inviabilizar a medida, ainda que isso signifique prejudicar a arrecadação e a estabilidade fiscal do país.
Com informações do Brasil 247
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