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O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), reagiu nesta quarta-feira (8) às críticas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que havia chamado de “imoralidade ímpar” sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com ironia, Sabino resgatou uma célebre frase de Lula durante o debate presidencial de 1989, quando o então candidato se recusou a responder uma provocação do próprio Caiado: “Quando ele tiver 1,5% na pesquisa eu respondo ele”, disse o ministro, lembrando o episódio histórico.
Sabino tem sido pressionado por alas do partido a deixar o governo, mas reafirmou que seguirá no cargo, pelo menos até a COP30, em 2026, em Belém (PA). “Não vejo como oportuno interromper o trabalho que vem sendo feito”, declarou. A Executiva Nacional do União Brasil decidiu por medidas mais brandas: afastá-lo de funções internas, intervir no diretório do Pará e abrir um processo de expulsão, que será analisado em até 60 dias.
Caiado, ao deixar a reunião, elevou o tom, chamando Sabino de “traidor” e acusando-o de agir como “quinta-coluna” dentro da legenda. O governador afirmou que o ministro cumpre “tarefa imposta por Lula” sem respeitar o partido e sugeriu que ele se filie ao PT. “Um filiado não pode servir a dois senhores”, disse.
As trocas de ataques ocorrem em meio à disputa pelo rumo do União Brasil para 2026. Enquanto Sabino mantém espaço no governo Lula, Caiado tenta se firmar como presidenciável, mas aparece atrás do petista em todas as pesquisas, que apontam Lula favorito em cenários de segundo turno.
O episódio expõe a crise do União Brasil, dividido entre alas que desejam marcar oposição ao governo federal e setores que preferem manter cargos na Esplanada. Sabino, ao manter fidelidade ao trabalho em parceria com o presidente Lula, segue no centro do embate interno.
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