1670 visitas - Fonte: Tijolaço
Ao invés de aproveitar o carnaval e tirar férias no exterior ao lado de sua esposa, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, resolveu trabalhar no feriado. Ao lado de sua esposa.
Aproveitando um momento em que a sexualidade dos brasileiros parece explodir, ele decide liderar, em pessoa, uma campanha em favor do uso de preservativo, que ainda é a melhor maneira de se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
É uma campanha séria e oportuna, ainda mais após estatísticas confirmarem um repique da doença, que tem crescido de forma alarmante junto aos heterossexuais, e atingindo em particular as mulheres.
Imagine o ministro, no meio de uma campanha dessas, aparecendo ao lado de um mulher seminua, que não é sua esposa?
Imagine se a imprensa o flagrasse, como fez com Itamar Franco, ao lado de uma modelo sem roupa íntima?
O próprio ministro tentou explicar à imprensa que teve essa preocupação. Por isso viajou acompanhado de sua esposa. É carnaval, por isso mesmo é prudente e compreensível que o ministro viaje ao lado de sua companheira.
Antes, consultou o departamento jurídico do Ministério, que o autorizou a levar sua mulher no avião da FAB que usou para se deslocar pelas três capitais onde fez a campanha.
Não adiantou. A Folha, no melhor estilo do sensacionalismo baixo nível, estampa a seguinte manchete na principal página política do jornal:
O problema é que a gente sabe que esse sensacionalismo tem lado. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, por exemplo, veio assistir, meses atrás, um jogo de futebol no Rio, acompanhado de familiar, e viajou em jatinho da FAB. Não veio fazer nenhuma campanha contra a FAB, veio se divertir no camarote de Luciano Huck. Não teve nenhuma página inteira contra o ministro.
É fundamental que a nossa imprensa seja crítica ao poder, mas o que temos assistido é um simulacro de crítica. É a escandalização do nada. O que não falta são denúncias de corrupção sérias a serem veiculadas. Denúncias sérias, que os jornais recebem todos os dias, mas que não publicam, não investigam, abafam.
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