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O silêncio de Damares Alves e aliados bolsonaristas durante os abusos judiciais contra Lula contrasta com o escândalo forjado agora contra o ministro Alexandre de Moraes. A senadora declarou que o Senado vai pautar o impeachment de Moraes, numa clara tentativa de intimidar o STF para proteger Jair Bolsonaro.
Na prática, a ex-ministra de Bolsonaro tenta colocar o Estado brasileiro a serviço de uma família que atentou contra a democracia. A declaração, cercada de aliados posando como figurantes de uma encenação autoritária, revela que o golpismo bolsonarista continua vivo e ativo — e disposto a rasgar a Constituição mais uma vez.
Enquanto hoje se dizem vítimas da Justiça, esses mesmos personagens aplaudiram, em silêncio cúmplice, os abusos da Lava Jato: como quando o ministro Luiz Fux proibiu Lula de dar entrevistas ou impediu que o ex-presidente fosse ao enterro do irmão. A então ministra da Família não disse uma palavra sequer.
O próprio Deltan Dallagnol, então procurador, relatou num grupo de WhatsApp que Luiz Fux apoiava o lawfare contra Lula. Sergio Moro, atual senador bolsonarista, celebrou com a frase: “In Fux we trust”. Nenhum deles propôs impeachment. Pelo contrário: batiam palmas.
Hoje, Damares volta à cena com uma pauta que atende aos interesses mais sombrios do bolsonarismo: submeter o STF ao clã, sufocar o Judiciário e empurrar o país para um Estado autoritário, onde só valem as leis que protejam sua seita. É chantagem travestida de discurso institucional.
E como lembrete curioso, uma busca sobre o nome “Damares” sugere origem no grego, significando “bezerra jovem”. Dado o papel de submissão política que a senadora parece exercer diante do bolsonarismo, talvez a etimologia não esteja tão errada assim.
Com informações do Brasil 247
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