O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu em rede nacional que sabia com antecedência da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A confissão, feita durante um podcast nesta segunda (21), coloca o filho de Jair Bolsonaro no centro de uma investigação bilionária por crime financeiro: suspeita-se que ele tenha usado a informação privilegiada para favorecer especuladores do mercado financeiro.
Segundo denúncia apresentada à Polícia Federal por gestores financeiros americanos, entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões foram comprados horas antes do anúncio oficial de Trump, em uma operação que pode ter rendido lucros de até 50% em apenas três horas. O caso está sendo tratado como insider trading, crime de manipulação de mercado com base em informação sigilosa.
Somebody front ran the Brazil tariff news.
Somebody bought a HUGE amount of USD and shorted BRL (Brazil’s currency) at 1:32 PM.
The 50% tariff announcement came at 4:19 PM, at which point, it looks like the big trader exited his trade instantly.
— Spencer Hakimian (@SpencerHakimian) July 9, 2025
The most openly corrupt administration of all time.
Traduzido do inglês por Google: Alguém divulgou a notícia sobre as tarifas brasileiras.
Alguém comprou uma quantidade ENORME de dólares americanos e vendeu BRL (moeda brasileira) a descoberto às 13h32.
O anúncio da tarifa de 50% ocorreu às 16h19, momento em que parece que o grande trader saiu de sua operação instantaneamente.
Ganhando 2,5% em uma negociação de moeda (que geralmente tem alavancagem de 10-20x), então na verdade 25% a 50% em menos de 3 horas.
A administração mais abertamente corrupta de todos os tempos.
O que pesa contra Eduardo Bolsonaro:
.Confessou que soube antes do tarifaço
.Discutiu a medida com aliados de Trump e influenciadores
.Chamou a sanção de “Tarifa-Moraes”, revelando motivação política
.É investigado por suposto elo entre sabotagem econômica e golpe político
A Polícia Federal já investiga o caso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, com quebra de sigilos autorizada e cooperação entre Banco Central, CVM e Coaf. A suspeita é de que a família Bolsonaro tenha articulado um plano para causar instabilidade cambial no Brasil e lucrar com o caos, ao mesmo tempo em que pressionava o STF por impunidade.
A Advocacia-Geral da União (AGU) aponta que a operação pode configurar “ataque à soberania nacional por instrumentos de coerção internacional”. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) já apresentou requerimento para que Eduardo seja convocado a se explicar formalmente no Congresso.
O silêncio de Jair Bolsonaro — que negou qualquer envolvimento — contrasta com a bravata do filho, que parece não entender a gravidade da própria confissão. A história pode ser o fio da meada que conecta Trump, golpe, dólar e corrupção — tudo em uma mesma trama que agora está nas mãos da Justiça brasileira.
O tuíte do irmão Carlos Bolsonaro tornam a situação ainda mais suspeita:
- Mais “motivos legais” para fazer ainda mais devassas na vida das pessoas? Até porque o dólar quase não subiu após as tarifas, diante dos enfrentamentos monetários propositais de Lula com os EUA. E, para saber quem lucrou mais de 50%, creio que você terá que ter acesso a tudo…… pic.twitter.com/lisGuDIgNl
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