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Enquanto parlamentares e movimentos sociais pressionam pela cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pode permitir que o deputado siga recebendo recursos públicos mesmo ausente do Brasil e atuando contra os interesses nacionais.
Após o fim da licença médica de 120 dias, Eduardo retomou o mandato nesta segunda-feira (21), reassumindo o controle do próprio gabinete. Com isso, ele volta a receber salário, cota parlamentar e verba de gabinete — mesmo vivendo nos Estados Unidos e sem exercer suas funções legislativas de forma efetiva.
A bancada do PT e entidades como a Uneafro e o Instituto Peregum já protocolaram pedido de cassação, alegando que Eduardo promoveu sanções contra o Brasil, defendeu tarifa de 50% imposta por Donald Trump e atacou abertamente o Supremo Tribunal Federal. Também pedem o corte imediato de seu salário, com base no regimento da Câmara.
Apesar da gravidade dos fatos, Hugo Motta já sinalizou que não pretende acelerar o processo de cassação. Segundo interlocutores, ele deve simplesmente “deixar o regimento trabalhar”, esperando que o mandato de Eduardo seja encerrado automaticamente caso ele falte a um terço das sessões até novembro.
Enquanto isso, Eduardo pode embolsar até R$ 599 mil em dinheiro público. Seriam R$ 139 mil em salários, R$ 125 mil em cota parlamentar e R$ 335 mil em verba de gabinete — sem contar os salários de assessores indicados por ele, que continuam trabalhando.
Aliados do bolsonarismo, como o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ainda tentam legalizar um “mandato remoto” para Eduardo atuar dos EUA — algo que não existe no regimento da Câmara. Em live, o filho do ex-presidente avisou que pretende continuar no cargo “por pelo menos mais três meses”.
Com informações da Fórum
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