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Jair Bolsonaro (PL) voltou a dar para trás. Com medo de ser preso por descumprir ordens do STF, o ex-presidente se escondeu na sede do PL e não apareceu nos atos que seus aliados haviam articulado na Câmara dos Deputados. Diante da tentativa de tumultuar o recesso, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou nesta terça-feira (22) um ato que proíbe qualquer reunião de comissões até o dia 1º de agosto.
A decisão veio após bolsonaristas tentarem realizar sessões da Comissão de Segurança Pública e da Comissão de Relações Exteriores com moções de apoio a Bolsonaro — mesmo com a Câmara oficialmente em recesso e em reforma. Motta já havia avisado, na semana passada, que não haveria atividades legislativas por causa das obras nos corredores e gabinetes.
Mesmo assim, 23 deputados da extrema-direita compareceram ao Congresso e montaram um circo: exibiram placas com o nome de Bolsonaro e tentaram forçar uma sessão ilegal, transformando o Parlamento em palco de provocação. Com a proibição reafirmada pela presidência da Casa, os deputados bolsonaristas acabaram dispersando e se dirigiram à sede do PL, onde Bolsonaro estava escondido.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, Paulo Bilynskyj (PL-SP), protestou contra a proibição e afirmou que havia “quórum” para a reunião, mesmo contrariando a decisão da Mesa Diretora. Já Filipe Barros (PL-PR), da Comissão de Relações Exteriores, disse que vai tentar mobilizar a militância para manifestações nas ruas e ainda prometeu acionar "organismos internacionais" em defesa de Bolsonaro.
Confira os principais pontos da decisão que barrou o show bolsonarista:
-Reuniões de comissões proibidas de 22 de julho a 1º de agosto;
-Obras em curso: troca de piso, reforma de corredores, gabinetes e estúdios;
-Câmara em recesso oficial desde o dia 18 de julho;
-Moraes impôs tornozeleira e silêncio a Bolsonaro após novas provocações.
Enquanto isso, o próprio Bolsonaro foi visto entrando discretamente na sede do PL em Brasília. Segundo o líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante, o ex-presidente foi orientado a não ir ao Congresso. Os advogados do ex-capitão tentam agora justificar ao STF por que ele postou trechos de entrevistas nas redes, em claro descumprimento das medidas cautelares.
Com o medo da prisão batendo à porta, Bolsonaro recua mais uma vez e deixa seus deputados na mão — inclusive os que largaram as férias para tentar encenar mais um episódio do golpe 2.0. O presidente da Câmara deu o recado: a Câmara não será usada para agitar o caos institucional.
Com informações do G1
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